O nível do açude cai 4cm a cada 24 horas. “Estamos preocupados porque mais uma vez estão secando o Orós. A população local e os produtores vão sofrer, enfrentar prejuízo, sem nenhuma compensação”, disse o integrante do Comitê da Bacia do Alto Jaguaribe, Paulo Landim.
Com a situação hídrica preocupante no Ceará,
O Castanhão é a principal fonte de abastecimento de Fortaleza e Região Metropolitana e, segundo o último boletim divulgado pelo Governo do Estado, está com apenas 5,5% da capacidade. Em julho, a capacidade era de 8%. Já o açude Orós está com 17,9% do total.
Segundo o membro do Comitê da Bacia das Águas Paulo Landim, a população de Orós teme que o abastecimento da própria região fique comprometido.
A água é liberada do Açude Orós para o Castanhão e percorre 200 quilômetros pelo Eixão das Águas até chegar ao Açude Gavião, que fica próximo da capital. Paulo Landim defende que a transposição das águas do Rio São Francisco é a solução mais viável para o problema.
O Orós é uma reserva estratégica para ser usada em situação de emergência. Ele está localizado no leito do Rio Jaguaribe, acima do Castanhão. E a vantagem é que o Orós perde menos água por evaporação.
Mesmo com esta alternativa, o cenário não é confortável e é preciso economizar para não faltar água. Segundo Paulo, no atual ritmo de transferência de água, o volume de água do Orós deve chegar a apenas 9% até fevereiro.
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