Um vídeo que circula nas redes sociais registra o momento em um policial militar agride uma mulher com um tapa no rosto. O caso aconteceu na noite deste domingo (30), no calçadão da Avenida Beira-Mar, na Praia de Iracema, em Fortaleza.
Na ocasião, o agressor foi identificado com sendo o capitão Allan Kardec, do Batalhão de Policiamento Turístico (BPTur). Já a vítima, segundo informações do Facebook, foi identificada como Astesia Teixeira.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que não compactua com nenhum tipo de violência e não apoia ações excessivas por parte de seus servidores e que o fato já está está sendo devidamente apurado. Ainda no documento, a SSPDS afirmou que o policial foi afastado de suas funções e que ele se apresentará no Quartel do Comando Geral (QCG) nesta terça-feira (2).
Em entrevista ao Diário do Nordeste, o comandante do BPTUR, tenente-coronel Claiton Abreu informou que ainda não sabe a motivação da agressão, pois a mulher saiu do local logo após o ocorrido. "O vídeo mostra o fato por si só. O que nós temos é o video e a gente não sabe ainda que providências a senhora vai tomar. Durante o calor da ocorrência ela saiu do local. Nós vamos apurar o porquê daquela atitude. A princípio, o que se tem é que estaria havendo uma agressão de populares a um morador de rua entre a estátua e o espigão da João Cordeiro e ele tentou intervir [o capitão da PM]. A gente não tem maiores detalhes se aquela senhora estaria participando do ato", diz.
OAB repudia
Em nota assinada pela presidente da Comissão da Mulher Advogada, defensora pública Mônica Barroso, a Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará (OAB/CE), manifestou seu repúdio. Veja na íntegra:
A Ordem dos Advogados do Brasil Secção Ceará, por meio da Comissão da Mulher Advogada, vem, pela presente nota, manifestar seu repúdio à atitude do policial militar que, de forma truculenta, agrediu na noite de ontem (30/04) uma cidadã na Avenida Beira Mar. A Polícia Militar não pode albergar em seus quadros e colocar nas ruas um servidor com tal despreparo para sua principal missão, que é a de cuidar e defender a população cearense. A OAB irá acompanhar a apuração dos fatos e exigir a responsabilização do agressor, esperando que o mesmo responda pela sua violência institucional.
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