Este blog tem falado, nos últimos dias, sobre a crise de oferta de água no Ceará.
Agora, transmite números que comprovam a gravidade dessa crise e expõem a agonia dos dois maiores açudes do Estado.
O Orós e o Castanhão, que respondiam, sozinhos, por 100% do abastecimento de água de Fortaleza e de sua Região Metropolitana, estão quase secos.
Reparem: no dia 5 de maio de 2015, o Orós e o Castanhão represavam juntos 2,1 bilhões de m³;
Um ano depois, ou seja, no dia 5 de maio de 2015, esse volume estava reduzido a 1,1 bilhão de m³;
No dia 5 de maio deste ano, ou seja, há uma semana, os dois maiores açudes cearenses acumulavam apenas 612 milhões de m³ de água.
Para a nossa alegria, as chuvas deste ano recarregaram, em parte, os açudes Pacajus, Pacoti, Riachão e Gavião, que integram o sistema de abastecimento de Fortaleza e que hoje represam 350 milhões de m³, volume suficiente para a travessia deste ano de 2017.
Isto quer dizer que o Castanhão e o Orós mandarão, ao longo deste ano, menos água para Fortaleza.
E quer dizer, também, que as autoridades de recursos hídricos do Governo do Estado terão de tomar providências para reduzir o consumo de água nesta capital, principalmente no segundo semestre.
Como já foi dito aqui, a pouca água disponível hoje no Orós e no Castanhão será destinada exclusivamente ao consumo humano, ou seja, para a atividade econômica – como a agricultura irrigada – nenhuma gota.
Como a Região Metropolitana de Fortaleza é a geografia na qual se localiza a maioria das indústrias, será difícil para as autoridades responsáveis pelos recursos hídricos impor algum tipo de racionamento de água à capital do Estado, o que poderá implicar na redução das atividades de produção e, consequentemente, no aumento do desemprego.
Fonte EGÍDIO SERPA
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