Bandido ficou famoso pela ousadia dos ataques que comandava e pelas fugas espetaculares em presídios
A Polícia registrou, nesta quinta-feira (11), a morte de um dos bandidos mais perigosos do estado e que ficou famoso no começo da década no noticiário policial do Ceará. José Marcos Alves da Silva, o “Zé Parada”. Ele tombou numa troca de tiros com a Polícia Militar depois de uma série de assaltos entre os Municípios de Pacajus e Horizonte, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF).
Segundo as autoridades, após a sequência de assaltos nas duas cidades, os criminosos foram cercados por várias viaturas da PM no bairro Banguê, em Pacajus (a 49Km de Fortaleza), por volta de 15 horas, quando houve o confronto. No final da operação, a Polícia apreendeu várias armas de fogo e recuperou três carros e três motocicletas roubados. Um bandido adulto e um adolescente foram também detidos e o assaltante que chefiava a quadrilha, baleado e morto.
“Zé Parada” foi chefe de uma quadrilha responsável por diversos assaltos a bancos e carros-fortes no Ceará entre os anos 1998 e 2015, sendo literalmente “caçado”pelas polícias de vários estados nordestinos. No Ceará era acusado também de envolvimento em crimes de estupro e latrocínios. Foi protagonista de várias fugas espetaculares em presídios locais e do Rio Grande do Norte.
Em outubro de 2000, condenado a 17 anos de cadeia, ele escapou do Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira (IPPOO), mas acabou sendo recapturado no ano seguinte, na Praia de Rendinha, em Natal (RN). Foi trazido de volta ao Ceará e, meses depois, foi solto em regime semi-aberto. Contudo, meses depois violou o regime, teve novamente prisão preventiva decretada, e foi detido por policiais do Ronda do Quarteirão com um carro roubado na Avenida Recreio, no bairro Lagoa Redonda, em Fortaleza.
“Selva de Pedra”
Durante anos, o bandido ficou recolhido na ala mais temida do Instituto Penal Paulo Sarasate, o IPPS, em Aquiraz, considerada, na época, a maior unidade carcerária do estado. O local ficou conhecido como “Selva de Pedra” e era destinado aos presos mais periculosos do Ceará.
“Zé Parada” atacou carros-fortes e agências bancárias em vários estados, formando uma quadrilha composta também pelos irmãos maranhenses José Adauto Lima de Sousa, o “Zé Roberto”; e Cairo Lima de Sousa, que acabaram mortos durante uma rebelião no IPPS. Também fazia parte do bando o assaltante e latrocida Cláudio Leite Alves, o “Tourinho”.
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