Tudo indicava, pelo menos na teoria, um dia tranquilo para os dois maiores times do Estado. Mas acabou com a eliminação de Ceará e Fortaleza da Copa do Brasil, contra times de pouquíssima expressão do futebol nacional, em comparação às duas agremiações da Capital. Enquanto São Raimundo/PA e Boavista/RJ ocupam o 143º e 96º lugar do ranking da Confederação Brasileira (CBF), respectivamente, Leão e Vovô estão entre os 40 melhores times do País. O Alvinegro de Porangabussu é o 23º, e Tricolor do Pici é 40º.
O futebol, tão impressionante e fantástico como é, até que prega suas peças, promovendo partidas cheias de emoção, quando as equipes menores rendem o inesperado e surpreendem os times de divisões acima. Mas não foi isso que aconteceu.
Tanto Ceará e Fortaleza apresentaram níveis de futebol preocupantes para a pretensão de ambas as equipes no restante temporada, que deve ter o foco em acessos no Campeonato Brasileiro das Séries B e C.
Faltou criatividade, qualidade e, em alguns momentos, padrão tático, fosse nas alterações de jogadores que viam do banco ou nas variações táticas daqueles que ainda estavam dentro em campo. A noite dos grandes do Estado só poderia ser classificada com uma palavra: frustrante. Ambos, Ceará e Fortaleza, foram derrotados. O Vovô perdeu por 1 a 0 para o Boavista, enquanto o Leão saiu de campo com um placar contrário de 2 a 1 para o São Raimundo.
Nos acréscimos
O Alvinegro pouco criou contra a equipe fluminense e acabou derrotado com em um lance de pênalti aos 51 minutos do segundo tempo de partida. Marcelo Nicácio cobrou sem chances para o goleiro Everson. Após o gol marcado, os jogadores do time de Gilmar Dal Pozzo não tiveram nem mesmo direito a tempo para reagir, já que o árbitro decretou o fim da partida logo assim que o Ceará deu a saída de jogo, no centro de campo.
Sem poder de ação, a frustração era visível nos rosto dos jogadores. Mas a apatia foi aparente durante todo a partida, já que o Vovô criou, praticamente, só uma jogada de jogada de perigo durante o tempo regulamentar. Com pouco mais de 1 minuto transcorrido, Richardson chutou forte, mas o goleiro Felipe conseguiu impedir que o volante alvinegro abrisse o placar.
Queda de produção
O Fortaleza viveu uma história diferente, mas não pouco assustadora nessa quarta-feira. Depois de apresentar o melhor rendimento em primeiro tempo desde o começo da temporada, o time de Hemerson Maria, que abriu o placar ainda aos 34 da etapa inicial, com Heitor, viu o São Raimundo empatar dez minutos depois, com Tiago.
No segundo tempo, o Leão do Pici praticamente não entrou em campo, e ainda contou com algumas mudanças controversas por parte do treinador. Hemerson Maria sacou o volante Anderson Uchôa para lançar o meia William Schuster, mudança que parecia ter a intenção de equilibrar as forças contra o Pantera Negra do Pará.
No entanto, logo em seguida, o técnico do Tricolor mudou de ideia e trocou Leandro Lima por Vacaria, para recuperar o esquema inicial. Aos 73, o São Raimundo virou o jogo, mais uma vez com Tiago.
Com as desclassificação, os cearenses deixaram de arrecadar R$ 315 mil. (colaborou Vladimir Marques)
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