Gás de cozinha deve ter aumento de até 10% a partir deste mês. Em alguns estados, a estimativa é de que o preço do produto chegue a R$ 90.
Segundo a Associação Brasileira dos Revendedores de GLP (ASMIRG-BR), o aumento se deve, além dos ajustes em custos operacionais, às negociações salariais da categoria, que ocorrem regularmente no mês de setembro. Como cada revenda tem um custo operacional especifico, a entidade orientou aos associados que refaçam uma análise de impacto do aumento nos seus custos. Alguns proprietários devem repassar o valor ao consumidor gradativamente. Em Ponta Grossa, em média os preços devem subir também 10%. Em algumas distribuidoras de gás do município, o consumidor pode chegar a pagar R$ 70 pelo botijão de gás.
O gerente de uma distribuidora de gás na cidade, Yuri Aldrin Rencscheler, explica que, na empresa, o valor do produto deve ter um aumento de aproximadamente R$ 5. A distribuidora foi comunicada pela fornecedora sobre o reajuste. “Mas ainda não há uma data para a mudança do preço”, afirma. Em outra distribuidora da cidade, a previsão é de que o aumento seja de 8%. Hoje, o botijão custa R$ 62,50. Também não há data definida para a transferência desse reajuste para o consumidor, mas a estimativa é de que o valor seja alterado na próxima semana. O último aumento de preço na empresa, que também correspondeu à média de 8%, foi em outubro do ano passado.
Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (Sindigás) esclarece que os preços do Gás LP são livres em todos os elos da cadeia. “Não há tabelamento e, por isso, os preços sofrem variações para cima e para baixo de maneira não uniforme. No mês de setembro, há uma pressão natural sobre os preços em função da data-base da categoria. Os custos totais são impactados nessa época também pela folha de pagamento, que corresponde de 30% a 40% do custo total do produto”, informou a entidade.