O texto relata uma série de eventos que ocorreu este mês no país, incluindo a saída do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e a perda do grau de investimento pela agência de classificação de risco Fitch, a segunda a retirar a nota, este mês, após a Standard & Poor's, em setembro. "Ao mesmo tempo, a coalizão do governo do Brasil tem sido desacreditada por um gigantesco escândalo de corrupção em torno Petrobras", afirma o texto, destacando que Dilma enfrenta ainda a abertura de um processo de impeachment.

A Economist destaca que a previsão é que a economia brasileira encolha entre 2,5% e 3% em 2016, seguindo uma recessão em 2016. Mesmo a Rússia, afetada pela queda livre dos preços do petróleo e sanções dos Estados Unidos e Europa, "deve ir melhor" no ano que vem, destaca a reportagem.

Assim como outros grandes países emergentes, o Brasil vem sendo afetado pela queda mundial dos preços das commodities, afirma a publicação inglesa. Mas Dilma conseguiu tornar as coisas ainda piores, ao tomar medidas de estímulo à economia consideradas pela Economist como extravagantes e imprudentes, que incluem corte de impostos para o setor empresarial.

"Gestores de crise do Brasil não têm o luxo de esperar por tempos melhores para começar a reforma", afirma a revista, destacando que a dívida bruta do país, que beira os 70% do Produto Interno Bruto (PIB), é alta para um país de renda média e tem tendência de crescer mais se nada for feito.

Barbosa 

Para a The Economist, Barbosa, embora tenha participado do "desastroso" primeiro mandato de Dilma, pode ser capaz de realizar mais coisas na economia. "Ele tem apoio político dentro do PT. Também tem poder de barganha, porque Dilma não pode se permitir perder outro ministro da Fazenda", afirma a reportagem. Um dos primeiros testes do novo ministro será a capacidade de convencer o relutante Congresso a aprovar a CPMF, destaca a publicação.

Apesar das vantagens Barbosa tem, a Economist afirma que é "difícil se sentir otimista com as perspectivas de reforma" no Brasil neste momento. As discussões sobre o impeachment devem dominar a agenda política por meses e o PT não tem apetite por "austeridade" na política econômica, conclui a reportagem.