por Vladimir Marques - Repórter
O técnico Lisca chegou ao Ceará em 30 de setembro com a árdua missão de salvar o clube da Série B e só tinha nove jogos para isso.
Em meio à pressão por resultados _ o time precisava de seis vitórias para evitar o rebaixamento - o técnico conseguiu dar um padrão tático ao time e logrou êxito na missão. E muito do que foi visto em campo foi trabalhado nos 15 dias de treinos até seu jogo de estreia contra o Criciúma, já que a partida com o Botafogo havia sido adiada.
E para 2016, agora iniciando um trabalho, no dia 2 de janeiro, Lisca terá 22 dias até a estreia do Campeonato Cearense, no dia 24, às 16 horas, contra o Guarany de Sobral, no Junco, para dar um novo padrão tático e variações de jogo para a equipe, como fez em menos tempo na Série B do Brasileiro.
Contando com uma base de 18 remanescentes, o clube receberá pelo menos 12 novos jogadores. Por isso, para o presidente do clube, Robinson de Castro, ele terá a missão de dar rapidamente um padrão tático para o Alvinegro e trabalhar variações de jogo. "Um dos objetivos da pré-temporada é uma preparação tática, com o Lisca passando para os atletas o que quer do time em campo, a participação tática de cada um e funções a cumprir. Muitos que chegarão ainda não trabalharam com ele e precisarão de adaptar rapidamente ao método de trabalho".
Sobre as novas contratações, Robinson analisou o que Lisca terá em mãos. "Tínhamos que dar ao treinador jogadores com características que possam gerar variações durante os jogos e que ele possa, na hora que quiser, mudar a forma de jogar, que ele tenha peças para isso".
Lembrança
O mandatário alvinegro espera que com a equipe ganhando rapidamente um padrão tático e variações de jogo, não dependa em momentos cruciais da temporada de um esquema tático apenas, como ele exemplificou na Série B de 2014.
Na ocasião, na reta final daquela competição, o time alvinegro que vinha firme para o acesso, caía de produção com o técnico Sérgio Soares e ele não tinha peças para mudar o esquema tático, acabando demitido após maus resultados.
"Em 2014 com o Sérgio Soares, o Ceará jogava em um losango e viu que na reta final não estava funcionando. Nós até o alertamos que não estava mais tendo resultado e ele teve dificuldade de mudar a forma de jogar. Aconteceu porque ele não tinha peças para isso".
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