Nesta segunda-feira (5), o dólar subiu forte contra o real, atingindo o maior valor desde outubro de 2020. Às 11h, a Bolsa de Valores de São Paulo estava em baixa, com uma queda de 1,23%, e o Ibovespa registrava 124.301,86 pontos.
A tensão no mercado global tá enorme hoje, por conta do medo de que os Estados Unidos, que são a locomotiva da economia mundial, estejam quase entrando em recessão. Esse medo cresceu após a divulgação, na sexta-feira (2), de dados que mostram um grande enfraquecimento no mercado de trabalho.
E o que tá acontecendo?
Por volta das 11h05, o dólar comercial tava com uma valorização de 1,66%, vendido a R$ 5,803. É o maior valor desde outubro de 2020.
Na quinta-feira, a moeda americana tinha alcançado o maior valor desde 21 de dezembro de 2021: R$ 5,734. Na sexta-feira, o dólar perdeu força e caiu 0,45%, para R$ 5,708.
Tensão global
Hoje, as Bolsas na Ásia e na Europa caíram bastante. O dólar e o euro estavam se desvalorizando em relação ao iene, devido ao aumento da preocupação dos investidores com a possibilidade de uma recessão nos EUA.
A debandada de investidores nas Bolsas de Valores é geral nesta segunda-feira. No Japão, o índice Nikkei 225 caiu 12,4%, com o medo econômico misturado com as preocupações sobre o impacto do fortalecimento do iene nos lucros das empresas. Foi a maior queda em um dia desde 1987. O "circuit breaker", que pausa o pregão por um tempo, chegou a ser acionado.
Quais são os motivos da crise?
Tudo começou depois que saiu o relatório de empregos dos EUA na sexta-feira (2). A contratação de pessoas em julho foi muito mais lenta, o pior resultado em quase três anos. Isso aprofundou os temores de que a economia americana estava vacilando e que o Federal Reserve, o banco central dos EUA, pode ter demorado demais para reduzir as taxas de juros.
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