Em uma decisão unânime de sete votos a zero, além de três abstenções, a Executiva Nacional do Partido Democrático Trabalhista (PDT) optou por intervir no diretório estadual do Ceará na segunda-feira (3). Essa medida visa impedir que o partido se torne uma base de apoio para o governador Elmano de Freitas (PT). O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, licenciado de seu cargo no comando do partido, esteve presente na reunião.
Atualmente, o PDT é liderado pelo deputado federal André Figueiredo, uma das figuras centrais da disputa interna do partido, que envolve os irmãos Cid e Ciro Gomes. Figueiredo também é responsável pelo diretório do PDT no Ceará. Com essa intervenção, ele manterá sua influência sobre o partido no estado. O deputado se absteve de votar durante a reunião, assim como Cid e Carlos Lupi.
A ala ligada ao senador coletou assinaturas para realizar uma assembleia na próxima sexta-feira (7) com o objetivo de destituir Figueiredo, que é próximo de Ciro. Cid defende que o partido se torne oficialmente uma base de apoio para o governo de Elmano, em troca do suporte a um candidato do PDT à prefeitura de Fortaleza em 2024. Por outro lado, Figueiredo e Ciro defendem que o PDT mantenha sua independência no Ceará.
