A Polícia Civil tem sido implacável com a criminalidade. Para desarticular as facções, existe um trabalho específico realizado pela corporação. Somente este ano, sete dos suspeitos que figuravam entre os mais procurados do Estado foram presos. As operações aconteceram em diversos estados brasileiros.
Atualmente, a lista conta com 15 nomes, todos homens. Não é apenas a quantidade de crimes cometidos que faz a pessoa constar entre os mais buscados. A classificação do delito e a comoção social são decisivas. Em regra geral, os criminosos mais procurados têm aparatos suficientes para conviver em sociedade, passam despercebidos nas ruas e até na vizinhança. Eles mudam de nome, fazem cirurgias, mas não adianta. A Inteligência da Polícia Civil está cada vez mais especializada. O delegado geral da Polícia Civil, Marcus Vinícius Rattacaso, afirma que estes foragidos, muitas vezes, mantém uma rotina normal, como qualquer cidadão, e não esperam serem presos.
Todos os 21 integrantes do primeiro e segundo escalão de uma organização criminosa que atua no Ceará estão presos. O último deles, Edgly Dutra Barbosa, conhecido como Dudeca, apontado como um dos criminosos mais perigosos do país, foi capturado quando se preparava para fugir para a Bolívia. Após a prisão do homem, outros integrantes da facção tomaram as rédeas dos negócios do crime, mas as ferramentas de inteligência da Polícia Civil conseguiram chegar até Elisângela Maria Mororó, advogada apontada como chefe de um esquema que envolvia outros colegas de profissão e responsável pelo comércio de cocaína.
Francisco Alberto Nobre Calixto Filho, que também estava entre os mais caçados, foi preso em fevereiro, no Pará. Ele é apontado como assassino de Stefhani Brito, com quem manteve um relacionamento. O crime bárbaro chocou a população. Após a execução da mulher, em primeiro de janeiro de 2018, Alberto circulou com o corpo da jovem na garupa de uma motocicleta pelas ruas de Fortaleza.
Além destes, outros cinco também foram capturados:
1- José Messiano Ribeiro: Preso na Serra do Quilombo, no Piauí. Ele é acusado de integrar grupo criminoso responsável por um triplo homicídio de policiais militares, em Quixadá, e de ferir mais três agentes em outra ação no mesmo município.
2- Antônio Ricardo Germano Lima: Preso no Maranhão em agosto deste ano, ele é apontado como integrante de um grupo que roubava veículos de empresas de transporte de valores e bancos.
3- Anilson Ricardo Nerys: Morava na Bolívia e ficou recolhido na Polícia Federal de Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Era foragido do Complexo Prisional da Itaitinga desde 2016.
4- Emanuel Alfredo Moreira Alves: Preso em Itapiúna e figurava na lista de mais procurados desde 2016, quando participou do latrocínio de um italiano.
5- Sílvio Leno Chaves Barbosa: Policiais fecharam o cerco contra o homem, apontado como líder de uma das quadrilhas com maior atuação ema assaltos a bancos e carros-fortes, no Vale do Jaguaribe. Ele foi encontrado em abril deste ano e cometeu suicídio, segundo a Polícia Civil.
De acordo com André Costa, Secretário de Segurança Pública e Defesa Social, a tecnologia e as ações da Polícia são fundamentais para garantir o bom resultado. Os trabalhos, no entanto, seguem para encontrar os demais foragidos. Uma vez na lista, os dados pessoais dos procurados são compartilhados com as forças de segurança de todo o Brasil.
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