O Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (GAECO), órgão do Ministério Público do Estado do Ceará, deflagrou nesta quarta-feira (11/12) duas operações simultaneamente contra membros de facções criminosas com atuação na Região Metropolitana de Fortaleza.
As Operações Banguê e Saratoga/Pacajus conta com o apoio da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (COIN), do Departamento Técnico Operacional da Polícia Civil (DTO), da Coordenadoria de Inteligência da Secretaria da Administração Penitenciária (COINT) e do Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN). Estão sendo cumpridos 44 (quarenta e quatro) mandados de prisão preventiva e 41 (quarenta e um) mandados de busca e apreensão.
Os mandados judiciais foram deferidos pela Vara de Delitos de Organizações Criminosas da Comarca de Fortaleza e estão sendo cumpridos nos municípios de Pacajus (10 mandados de prisão preventiva e 10 mandados de busca e apreensão), Fortaleza (05 mandados de prisão preventiva e 05 mandados de busca e apreensão), Boa Viagem (02 mandados de prisão preventiva e 02 mandados de busca e apreensão), Quixeramobim (01 mandado de prisão preventiva e 01 mandado de busca e apreensão), Ipu (01 mandado de prisão preventiva e 01 mandado de busca e apreensão), Barreira (01 mandado de prisão preventiva e 01 mandado de busca e apreensão), Limoeiro do Norte (01 mandado de prisão preventiva e 01 mandado de busca e apreensão), e Pacatuba (01 mandado de prisão preventiva e 01 mandado de busca e apreensão). Outros 19 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão são cumpridos no sistema penitenciário estadual, e 03 mandados de prisão preventiva no sistema penitenciário federal.
Além dos mandados que estão sendo cumpridos, a Vara de Delitos de Organização Criminosa deferiu outros 16 mandados de prisão preventiva, que permanecerão em aberto em face da não localização dos acusados.
Investigação
As investigações do GAECO com o apoio da COIN tiveram como ponto de partida casos de tráfico de entorpecentes e crimes correlatos praticados na Região Metropolitana de Fortaleza. Com o aprofundamento dos trabalhos, descobriu-se que os líderes dos grupos investigados contavam com o auxílio de uma vasta gama de parceiros criminosos que atuavam como gerentes das “bocas” de tráfico, como “correrias” (soldados do tráfico), “laranjas” (forneciam suas contas bancárias para a movimentação do dinheiro escuso), além de executores de outras ações criminosas, tais como homicídios, ameaças e assaltos, que garantiam a “tranquilidade” e o angariamento de fundos para os negócios ilícitos.