A Justiça Federal no Ceará, através do juiz Emanuel José Matias Guerra, determinou a suspensão de Sérgio Nascimento de Camargo como presidente da Fundação Palmares. O gestor, que se denomina "negro de direita" foi escolhido por Jair Bolsonaro para o comando da entidade vinculada à Secretaria Especial da Cultura, voltada para promoção e preservação dos valores culturais, históricos, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira.
Sérgio de Camargo classifica o racismo como "nutella" e afirma que o feriado do do Dia da Consciência Negra é uma "vergonha", precisando ser abolido por decreto presidencial. O gestor, com formação em jornalismo, ainda afirmou que a escravidão foi um período terrível, "mas benéfica para os descendentes".
O juiz afirma que existem várias publicações feitas por Sérgio que servem para "ofender justamente o público que deve ser protegido pela Fundação Palmares".
A escolha foi criticada pelo movimento negro. Nos últimos dias, um protesto aconteceu na sede da fundação, em Brasília. O jornalista, por sua vez, mantém sua posição e faz duras críticas a nomes como Angela Davis, Preta Gil, Camila Pitanga, Gilberto Gil, Leci Brandão, entre outros. A decisão cita as ofensas às personalidades.
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