A Câmara Municipal de Beberibe cassou, na noite dessa segunda-feira, por 11 votos a 2, o mandato do prefeito Padre Pedro, do PSD. O gestor ficará afastado do cargo por 90 dias e, nesse período, uma Comissão Parlamentar investigará supostas irregularidades administrativas, como obras superfaturadas, licitações com suspeitas de vícios e atraso de salários.
Padre Pedro chegou a suspender, por meio de uma liminar, a sessão para votação do pedido de afastamento que estava marcada para a última quarta-feira, mas, nessa segunda, os vereadores avançaram nas articulações e decidiram afastá-lo do comando político e administrativo do Município. Padre Pedro se prepara para contestar, nesta terça-feira, a decisão da Câmara Municipal.
Votação na Câmara Municipal de Beberibe decidiu pelo afastamento temporário do prefeito Padre Pedro (PSD) nesta segunda-feira, 10. O pedido de cassação do mandato de Padre Pedro é proveniente de indícios de desmandos administrativos, além de meses de atraso no pagamento de servidores.
Com a decisão dos vereadores, o vice Tharsio Facó (PPS) assumirá a Prefeitura em caráter temporário. Se a Comissão Parlamentar Processante constatar as irregularidades com os recursos públicos, será sugerida ao Plenário da Câmara Municipal a cassação em definitivo do mandato do prefeito. Situação semelhante aconteceu na cidade de Tauá, na Região dos Inhamuns. O prefeito Carlos Windson (PR) chegou a ser afastado do cargo e, após 120 dias, a Câmara o cassou. O vice-prefeito Fred Rego (DEM) assumiu o cargo de prefeito e cumprirá o restante do atual mandato que fica encerrado no dia 31 de dezembro d e 2020.