Moradores do Residencial Rachel de Queiroz, na periferia de Quixadá, amanheceram o dia na CE-265, rodovia estadual de acesso ao conjunto onde habitam mais de 1.500 famílias. Protestavam contra a precariedade da principal via de acesso àquela área. Nos últimos meses, com o aumento do tráfego naquele trecho da CE, de aproximadamente 5Km, o número de acidentes de trânsito aumentou, provocando até morte. O problema está na malha viária, totalmente esburacada, sem sinalização e nem iluminação, reclamam.
Os manifestantes querem o início imediato dos serviços de recuperação da rodovia, no trecho que vai até o distrito de Dom Maurício, na Serra do Estevão. A obra foi prometida pelo governo estadual durante a inauguração da base da Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer), no início de julho. A previsão é de que início se dê ainda neste ano.
O bloqueio da rodovia, com uma barricada acompanhada de uma cortina de fogo e de fumaça, dividiu opiniões. Quem foi pego de surpresa com a manifestação, queria seguir adiante, nos dois sentidos de tráfego. Alguns não aderiram ao protesto. Quem resolveu não apoiar e estava de bicicleta, de motocicleta e até de carroça, utilizou as margens da rodovia para seguir caminho. alguns justificavam ter horário. Outros, era falta de paciência mesmo.
Esse não era o pensamento da vendedora Erlande Oliveira Moreira, moradora do Rachel de Queiroz. “Para mim é melhor perder até um dia de serviço do que perder a vida. As vezes preciso realizar até quatro viagens por dia nessa estrada. No caminho sempre vejo gente caindo. Não quero ser a próxima. Se for com fogo e fumaça que vou chamar a atenção dos nossos governantes para proteger minha vida e da minha família, vou continuar colocando mais lenha aqui“, desabafou.
Moradores bloqueiam CE-265 e exigem recuperação de rodovia em Quixadá https://t.co/frSmAXzYeZ pic.twitter.com/U8DUjPw22t— Diário do Nordeste (@diarioonline) 20 de setembro de 2018
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