Hoje o Jaguaribano acordou feliz com a terra molhada e com a possibilidade de uma boa colheita. O vale do Jaguaribe amanheceu todo molhado. Desde a madrugada que uma chuvinha fina, porém constante, cai sobre os quadrantes antes esturricados de sol.
Não tem como negar, a gente transborda de felicidadeA gente se anima em ver a plantação espalhar seu verde marinho pelos campos calejados da Caatinga. Como é bom ver a chuva desabando sobre essas bandas. Os riachos cheios. As estradas quase intransitáveis. As imagens dos meninos se lambuzando nas águas barrentas empossadas nas estradas e terreiros.
No mundo do Jaguaribano
Os mais velhos sabem que a chuva forte, pesada, desabada de uma vez, serve apenas para encher tanques, fontes e açudes, e depois escorrer por cima da terra, sem adentrar às raízes mais profundas. Somente a chuva mais fraca, mais fina, de modo demorado. Tem o verdadeiro dom de molhar, de encharcar, de tornar a terra alimentada de viço e de esperança.
É a chuva fina que alimenta o grão lançado, que faz germinar a semente fincada no chão, que faz verdejar as plantinhas miúdas e os capinzais ressequidos.
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