Professores de Morada Nova decretam greve e podem ingressar com ação de improbidade

Professores de Morada Nova decretam greve e lutam pelo reajuste da categoria definido por Lei.


Mais de 300 professores da rede pública municipal de Morada Nova decidiram coletivamente pela greve da categoria por tempo indeterminado. A decisão foi tomada na manhã desta sexta-feira (16). Do sindicato seguiram à Câmara Municipal, onde protocolaram um projeto de lei popular, com a adesão de 7% do eleitorado do Município, reajustando o piso salarial dos educadores.

De acordo com o advogado Valdecy Alves, representante legal dos servidores públicos do Município, na próxima semana os professores deverão insistir na negociação com a comissão formada por vereadores para tratar do reajuste. Não havendo acordo o coletivo pretende solicitar a intermediação do Ministério Público Estadual. O entrave poderá levar os grevistas até a representarem contra o gestor municipal por improbidade administrativa.

Dentre as estratégias a serem adotadas pelos servidores público estão ainda a abertura de inquérito civil públicojunto ao Ministério Público Federal, para investigação das contas da prefeitura e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), e a formação de um grupo para analisar as 10 maiores licitações do Município.

Há ainda a possibilidade de ajuizamento de ação por danos morais contra o Município. Cada professor entrará com uma ação na Justiça, em razão do bloqueio do reajuste salarial determinado por Lei, e também pelas ameaçassofridas por representantes da administração municipal, em razão de terem aderido ao movimento grevista, acrescentou Valdecy Alves.

A reportagem do Diário do Nordeste tentou manter contato telefônico com o prefeito Wanderley Nogueira e com o secretário de Educação de Morada Nova, Edilson Santiago de Oliveira. Ele assumiu a pasta em janeiro deste ano. Até a publicação desta edição as ligações não haviam sido atendidas.
Professores em greve