Polícia diz ter identificado autores das mortes de líderes do PCC

Os autores dos homicídios que vitimaram líderes do PCC no Ceará já foram identificados.

Os suspeitos de serem os autores dos homicídios que vitimaram dois membros da cúpula da facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) foram identificados pela Polícia Civil do Ceará. De acordo com informações divulgadas em coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira (2), há 6 mandados de prisões temporárias decretados pela Justiça contra os autores e participantes da ação. 

Os mandados são em detrimento de Wagner Ferreira da Silva, o "Cabelo Duro", que foi morto em São Paulo; Erick Machado Santos conhecido por "Neguinho Rick da Baixada"; Ronaldo Pereira Costa, André Luiz da Costa Lopes o "Andrezinho da Baixada", Thiago Lourenço de Sá de Lima, bem como o homem apontado como o mandante do crime, Gilberto Aparecido dos Santos conhecido "Fuminho". 

Rogério Jeremias de Simone, o "Gegê do Mangue", e Fabiano Alves de Souza, o "Paca", foram assassinados no dia 15 de fevereiro em uma reserva indígena de Aquiraz. Eles foram levados ao local em um helicóptero, que estava desaparecido e foi encontrado na última quinta-feira (1) em São Paulo após a Divisão cearense repassar informações para a Especializada paulista.

As investigações estão a cargo da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas (Draco), com apoio da Divisão Antissequestro (DAS). Conforme o delegado André Costa, secretário de Segurança do Estado, o piloto que conduziu a aeronave chegou ao Ceará no dia 6 de fevereiro. Já os 6 executores chegaram às 00h14 do último dia 14 e fizeram check-in em um hotel na Beira-Mar.

Dois voos no dia da execução

Os registros colhidos pela Polícia mostram que dois voos foram realizados no dia do homicídio. O primeiro ocorreu entre 9h28 e 9h50 e foi quando o piloto levou os seis executores ao local do crime. De acordo com o secretário da Segurança, o piloto, identificado como Felipe Ramos Moraes, voltou ao hangar acompanhado de "Cabelo Duro", onde abasteceu e decolou às 10h13.

Neste segundo voo, o helicópetro parou para pegar “Gegê do Mangue" e "Paca" em um local ainda desconhecido e partiu para a reserva indígena em Aquiraz, onde o homicídio ocorreu, no local, os executores esperavam os líderes do PCC escondidos na mata. 

Helicóptero pertencia ao "Cabelo Duro"

A aeronave usada na execução no Ceará pertencia ao "Cabelo Duro" e foi adquirida por R$ 3 milhões. Ao receber o helicóptero, "Cabelo Duro" a entregou ao Felipe, que realizou o primeiro voo. 
O helicópetro foi trazido ao Estado no dia 13 de fevereiro por um segundo piloto e no dia do crime não foi solicitado autorização de voo. 


Investigações e imóveis adquiridos no Ceará


As investigações iniciadas após o homicídio levaram a Polícia Civil a identificar imóveis adquiridos pelos membros da cúpula do PCC no Estado. Conforme o Diário do Nordeste já havia antecipado, “Gegê do Mangue" era dono de uma residência em um condomínio de luxo no Porto das Dunas. No local, ele utilizava um nome falso, sendo conhecido por João Paulo Martinel. Já Fabiano Alves de Souza, "Paca", era conhecido por Carlos Fabiano Duarte. 

A mansão de “Gegê do Mangue" foi avaliada em mais de R$ 2 milhões, segundo as apurações, e foi adquirida em junho de 2017 e estava no nome de um "laranja", identificado por José Cavalcante Cidrão, que atualmente se encontra com mandado de prisão em aberto. Já "Paca" residia em um condomínio em Fortaleza. As únicas pessoas autorizadas a entrarem no local, eram os familiares de "Gege do Mangue", de "Paca" e de José Cavalcante.

No dia 13 de fevereiro, Claudiney Rodrigues de Souza, o "Cláudio Boy", também apontado como um dos chefes do grupo criminoso, visitou as duas vítimas na propriedade do Porto das Dunas. Imagens da Draco capturaram o momento em que ele chegar ao local. "Cláudio Boy" foi preso no dia 19 de fevereiro no aeroporto de São Paulo. 

Segundo a Polícia Civil, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão na propriedade, no último dia 19, foram localizados diversos documentos em nome de outro indivíduo identificado por Francisco Cavalcante Cidrão, irmão de José Cavalcante Cidrão, e que também atuava como "laranja". 

Um segundo imóvel em condomínio de luxo do Eusébio e avaliado em R$ 1,8 milhão foi adquirido para ser utilizada por “Paca”, que pretendia se mudar após uma proibição do condomínio, onde residia, no bairro Cocó, em colocar cortinas na varanda do imóvel. Também era de propriedade das vítimas uma mansão na Lagoa do Uruaú, em Beberibe, no valor de R$ 1,1 milhão. Quatro veículos luxo, avaliados em torno de R$ 2,5 milhões, também foram sequestrados a partir de mandados judiciais expedidos. Atualmente, existem mandados de prisão contra mais duas pessoas, sendo estas, Samara Pinheiro de Carvalho Cavalcante e Magda Enoé e Freitas.   

Fonte DN
"Gegê do Mangue", e  "Paca",

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