A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (5/9) a Operação Tesouro Perdido, que achou em Salvador (BA) um “bunker” com milhares de notas em reais que, de acordo com a investigação, é usado por Geddel Vieira Lima (PMDB-BA). Ex-ministro da Secretaria de Governo do presidente Michel Temer (PMDB-SP), ele cumpre prisão domiciliar, sem o uso de tornozeleira eletrônica, na capital baiana.
Geddel foi preso em julho, acusado de participar de esquema ilegal de liberação de recursos na Caixa.
O cumprimento de mandado de busca e apreensão foi autorizado pela 10ª Vara Federal de Brasília.
Após investigações decorrentes de dados coletados nas últimas fases da Operação Cui Bono, a PF chegou a um endereço em Salvador (BA), que seria, supostamente, utilizado por Geddel. Os valores apreendidos serão transportados a um banco, onde haverá contabilização e depósito em conta judicial.
Obstrução de justiça
O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal em Brasília, aceitou no último dia 22 denúncia contra Geddel por obstrução de Justiça. Assim, ele, que está preso, preventivamente, desde 3 de julho, passou à condição de réu e responderá a ação penal por ter, supostamente, atuado para evitar a delação premiada do corretor Lúcio Bolonha Funaro, que poderia implicá-lo em crimes de corrupção na Caixa Econômica Federal.
Funaro é apontado como operador financeiro do PMDB e está preso, mas assinou, na semana passada, acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF).
Na decisão, o magistrado justificou que a denúncia ofertada pelo MPF contra o ex-ministro atende os requisitos do Código de Processo Penal, pois “descreve de modo claro e objetivo fatos delituosos imputados a Geddel”.
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