O Complexo de Delegacias Especializadas (Code), localizado no Bairro de Fátima, em Fortaleza, foi cenário de um princípio de rebelião dos detentos na noite desta terça-feira (1º). O motivo do princípio de motim seria a falta de atendimento a um dos internos que estaria com problemas médicos, correndo o risco de infectar os demais.
Parte dos 140 presos que estão recolhidos na carceragem do Complexo das Delegacias Especializadas (Code) deverá ser transferida, nesta quarta-feira (2) para outras unidades da Polícia Civil ou para presídios da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). A remoção acontece após um motim ocorrido na noite de ontem (1º), que deixou as dependências daquela unidade destruídas.
A rebelião “estourou” por volta de 21 horas. Para protestar contra a superlotação, os presos começaram a danificar as grades das celas e atearam fogo em roupas e colchões. A gritaria se estabeleceu no local onde havia apenas dois inspetores da Polícia Civil fazenda a guarda da carceragem e dos setores burocráticos das especializadas.
Através das redes sociais, foi possível ouvir áudios em que os policiais, desesperados, pedem apoio para conter o motim. Sem contar com armas não-letais, eles tiveram que sacar suas pistolas e disparar tiros com munição real para impedir que os presos escapassem, já que todos estavam fora das celas. Rapidamente, a Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops) foi acionada e mobilizou a Polícia Militar.
BPChoque mobilizado
Ainda na noite de ontem, o chefe do Comando de Policiamento Especializado (CPE), coronel PM Aginaldo Oliveira, informou ter sido acionado o Batalhão de Policiamento de Choque (BPChoque) para o local e a situação foi contornada. O oficial esclareceu que a pronta intervenção da PM impediu que houvesse fuga. Mas, confirmou que houve uma “quebradeira” no local.
O Complexo das Delegacias Especializadas está localizado no Bairro de Fátima, ao lado do Quartel do Comando da Polícia Militar e em frente à sede da Superintendência da Polícia Federal. O prédio funcionou durante anos como sede da Academia da Polícia Civil e passou por uma ampla reforma até se transformar num complexo onde estão instaladas algumas delegacias especializadas, como a Defraudações e Falsificações (DDF) e a de Repressão às Ações do Crime Organizado (Draco).
Sindicato critica
O Sindicato dos Policiais Civis do Ceará (Sinpol) criticou a presença de presos naquela unidade e apenas dois policiais civis para fazer a vigilância de 140 detentos.
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