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Volta a chover em parte do Ceará

Iguatu. Apesar das chuvas terem ficado abaixo da média em abril passado, em torno de 38%, o trimestre (fevereiro, março e abril) praticamente atingiu a média histórica. Nas últimas duas semanas, as chuvas continuam reduzidas e com maior incidência na região Norte do Estado. Esse quadro deve permanecer durante este mês, o último da quadra. A Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme) registrou, ontem, precipitações em 45 municípios do Estado.

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As cinco maiores chuvas foram observadas em Trairi (64mm), Itarema (62mm), São Gonçalo do Amarante (58mm), Maranguape (52mm) e Paracuru (40mm).

Para hoje, a Funceme prevê nebulosidade variável, com chuvas no Centro-Norte do Estado no decorrer do dia. No sul, há possibilidade de chuvas isoladas. Amanhã, o tempo permanece com nebulosidade variável e com possibilidade de chuvas isoladas em todo o Ceará.

Há um ramo Sul da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) próximo ao Ceará que influencia a formação de nuvens de chuvas nos próximos dias, observa o meteorologista da Funceme, Raul Fritz. "A Zona de Convergência vai continuar atuando, influenciando em maio, mas, neste mês, a tendência histórica é de diminuição das chuvas em comparação com abril. A tendência é de maior incidência na faixa Centro-Norte", disse.

A média histórica de abril é de 188mm e a de maio é de apenas 90.6mm. É praticamente a metade. "Não temos como fazer previsão mês a mês, mas as condições de maio estão semelhantes às de abril", observou.

"Não basta apenas a Zona de Convergência estar próxima. É preciso estar ativa no sentido de envolver nuvens de chuva", explicou Fritz.

No fim da tarde de ontem, esse quadro era observado no Norte do Rio Grande do Norte e poderia influenciar precipitações no Ceará. Raul Fritz observou que, nos últimos anos, não se tem verificado a formação de sistema mais abrangente, convectivo de nuvens, que cobrem grandes áreas. O que observamos são chuvas isoladas, localizadas e rápidas", disse.

Para o meteorologista, este ano está sendo melhor do que 2016 e 2015, mesmo assim verifica-se déficits nas regiões Jaguaribana, Centro-Sul e nos Inhamuns. O Ceará atravessa um ciclo de estiagem desde 2012, com chuvas abaixo da média na maioria das regiões interioranas e com perdas seguidas de suas reservas hídricas.

Reservatórios
De acordo com as informações do Portal Hidrológico da Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh) o volume médio atual nos 153 açudes monitorados é de 12,7%. Ontem, foram verificados aportes de 10,45 milhões de metros cúbicos em 48 reservatórios.

No momento há nove açudes sangrando no Estado do Ceará: Acaraú Mirim (Massapê); Angicos (Coreaú); Gameleira e Quandu (Itapipoca); Itabebussu e Maranguapinho (Maranguape); Itaúna (Granja), São Pedro Timbaúba (Miraíma) e Tucunduba (Senador Sá). Um total de 39 reservatórios estão em volume morto e 17 permanecem secos. 
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