Parece não ter fim a crise vivida pelo Náutico. A vitória por 2 a 0 do Ceará, na Arena Pernambuco, neste sábado (27), foi a primeira do Alvinegro no torneio. O Vovô subiu na tabela e agora é o décimo colocado com quatro pontos. O ex-time de Givanildo Oliveira segue sem vencer na Série B do Campeonato Brasileiro e chega à sétima partida sem vitória na temporada.
Os gols da vitória foram de Roberto e Felipe Menezes - todos no segundo tempo. Os jogadores do Náutico tiveram que ouvir vaias dos torcedores e descontentamento em alguns momentos, mas também receberam apoio do torcedor em boa parte da segunda etapa, quando, nas inúteis tentativas de empatar, já se mostravam nervosos.
O Ceará volta a jogar na competição na próxima sexta-feira (2), às 21h30, na Arena Castelão, contra o Londrina. As duas equipes estão com a mesma quantidade de pontos - quatro cada. O Náutico, por sua vez, visita o Brasil de Pelotas já na terça-feira (30), às 21h30, no Bento de Freitas.
O jogo
A partida começou equilibrada, com ambas as equipes se estudando, mas explorando apenas uma faixa do campo: a direita. O Náutico tentava nas arrancadas de Érick. Já o Alvinegro buscava o jogo com Roberto e Romário. E foi o lateral quem criou a principal chance do time cearense na primeira etapa. Em cobrança de falta na entrada da área, chutou forte, mas Jeferson espalmou. Ainda na etapa inicial, o Timbú teve a oportunidade de marcar de pênalti, mas Anselmo (ex-Fortaleza) isolou a bola.
O Vovô continuou a ter mais volume de jogo, mas explorando principalmente o lado esquerdo.
Entretanto, nem o chute de Roberto e a cabeçada de Luiz Otávio surtiram efeito. Nos quinze minutos finais da partida, o Alvinegro de Porangabuçu foi coroado com dois belos gols. O primeiro aconteceu aos 30 minutos, quando Roberto aproveitou rebote na área e fuzilou para abrir o placar e o segundo, aos 41 minutos, após um petardo de longe de Felipe Menezes, não dando chances ao goleiro do Náutico. Estopim para o início das reclamações e vaias da torcida pernambucana.
Apoio
O Náutico perdia o controle emocional, mas a torcida não. A torcida gritou ininterruptamente, fazendo um estardalhar nas arquibancadas, empurrando o time para frente, mas foi em vão. Levou a melhor aquele que soube controlar mais suas emoções e o jogo.