100 mil pessoas paralisam Fortaleza contra Reformas

Além da passeata, vários atos foram realizados na Capital, dentre eles o bloquei de várias vias importantes,

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Um dia histórico. A primeira greve geral realizada neste século, organizada e protagonizada pela classe trabalhadora, mobilizou milhões de pessoas em todo o país contra o maior ataque aos direitos trabalhistas, previdenciários e sociais da história brasileira. Em Fortaleza, a manifestação reuniu cerca de 100 mil pessoas e parou a cidade.

Contra a retirada de direitos do povo brasileiro através das Reformas da Previdência e Trabalhista impostas pelo governo ilegítimo de Michel Temer, centrais sindicais, movimentos sociais, partidos políticos e sociedade civil organizada voltaram a ocupar as ruas nesta sexta-feira (28), na Greve Geral por #NenhumDireitoaMenos!. Nem a chuva, que é sempre bem vinda aos cearenses, dispersou os manifestantes.

Um mar de gente. Enquanto uns vestiam vermelho, outros apostaram no protesto simbolizado pelo preto, enquanto outros ainda se orgulhavam de lutar de verde de amarelo. Teve cartazes contra o governo golpista e teve bom humor, característica do povo cearense que, com molecagem, também sabe protestar. Quer fossem nos carros de som, com apitos ou aos brados de “Fora Temer!”, o orgulho estava no rosto de cada um por fazer parte de um dia que entrará na história do país. Um dia em que a indignação contra os retrocessos mobilizou milhares de cearenses.

O comércio baixou as portas, o transporte público parou, as aulas foram suspensas, as escolas privadas fecharam, os bancos não funcionaram. A concentração que reuniu 100 mil pessoas saiu da Praça Clóvis Beviláqua, conhecida como Praça da Bandeira, e percorreu as principais ruas do centro da capital em repúdio à proposta de Reforma da Previdência, que pretende acabar com a previdência pública no Brasil; para denunciar a Reforma Trabalhista, que rasga a CLT; e ainda contra o PL 4302, recém aprovado na Câmara dos Deputados, que permite a terceirização na atividade fim. 

Braços cruzados, punhos erguidos

Além das nove centrais sindicais (CTB, CUT, CSB, Nova Central, Força Sindical, UGT, Intersindical, CSP-Conlutas e CGTB), das Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, dos partidos políticos, participaram da manifestação representantes de diversas frentes sociais como Médicos pela Democracia, Mulheres com Dilma, além de membro das categorias dos bancários, petroleiros, eletricitários, jornalistas, trabalhadores do setor têxtil, desembargadores do trabalho do TRT-7, comerciários, motoristas de ônibus, operários da construção civil, estudantes secundaristas, universitários e servidores das universidades cearenses, agricultores familiares, Movimentos Sem Terra e Sem Teto, Pastorais de Juventude, Igreja Católica com apoio da CNBB, servidores do Judiciário, advogados trabalhistas, servidores da UECE, dentre outros.

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Além da passeata, vários atos foram realizados na Capital, dentre eles o bloquei de várias vias importântes, como a avenida Bezerra de Menezes e de trechos urbanos da BR 116.

A última Greve Geral, segundo a CUT Nacional, aconteceu em 1996, durante o primeiro mandato do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). A maior, entretanto, aconteceu entre os dias 14 e 15 de março de 1989, onde, segundo centrais sindicais, 70% da população teria paralisado atividades.