Motim foi motivado pela superlotação. A unidade que pode abrigar até 65 presos atualmente conta com 170 prisioneiros
A situação permaneceu tensa durante toda a madrugada mesmo após o fim do motim
Terminou em destruição, tiros, feridos, fuga e em uma grande mobilização policial uma rebelião de presos ocorrida na noite desta quarta-feira (26) na Cadeia Pública de Camocim (a 373Km de Fortaleza). Agentes penitenciários foram tomados como reféns e ameaçados de morte. Os presos quebraram tudo e ainda feriram policiais a pedradas. Seis presos foram lesionados, sendo três deles baleados.
O tumulto teve como motivo a superlotação. A Cadeia Pública tem capacidade para, no máximo, 65 presos, mas até ontem contava com cerca de 170 internos, isto é, a lotação registrada é quase o triplo da capacidade de acomodação de detentos.
Por volta das 17 horas, os presos iniciaram o motim. Inicialmente, passaram a quebrar as grades das celas. Depois, já fora das celas, tocaram fogo em colchões, lençóis e roupas, além de redes de dormir. Os agentes penitenciários foram tomados com reféns e a PM cercou o local. Contudo, o efetivo reduzido não conseguiu conter a violência dos amotinados. Segundo a Polícia, pelo menos 11 dos rebelados conseguiram escapar, mas nove foram recapturados escondidos em casas e pontos comerciais no entorno da unidade prisional.
Somente por volta das 21h30, após uma exaustiva negociação com os detentos rebelados, o comandante da PM local, a 3ª Companhia do 3º BPM, tenente-coronel Artunane Aguiar, autorizou a entrada tática da tropa. Naquele momento, já haviam chegado a Camocim reforços dos destacamentos de Barroquinha e Chaval, da Companhia de Tianguá, além de patrulhas do Comando Tático Rural (Cotar) e do Batalhão de Policiamento de Divisas.
Destruição
Os seis presos feridos – três deles baleados – foram encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Camocim, onde receberam socorros médicos. Nenhum deles apresentava estado grave. PMs feridos a pedradas também foram medicados.
Quando a Polícia finalmente dominou a situação, rendeu os presos e entrou na Cadeia Pública, encontrou um quadro de completa destruição. Havia buracos nas celas que seriam a entrada de túneis que estavam sendo escavados. As grades e trancas das celas foram arrancadas pelos amotinados. Todos “dormiram” agrupados no pátio, sob vigilância de dezenas de PMs.
A situação no local ainda é tensa e nesta quinta-feira a Justiça terá que proceder a transferência de dezenas de presos, já que a Cadeia Pública não tem mais condições estruturais de mantê-los ali.
Por FERNANDO RIBEIRO
A situação permaneceu tensa durante toda a madrugada mesmo após o fim do motim
O tumulto teve como motivo a superlotação. A Cadeia Pública tem capacidade para, no máximo, 65 presos, mas até ontem contava com cerca de 170 internos, isto é, a lotação registrada é quase o triplo da capacidade de acomodação de detentos.
Por volta das 17 horas, os presos iniciaram o motim. Inicialmente, passaram a quebrar as grades das celas. Depois, já fora das celas, tocaram fogo em colchões, lençóis e roupas, além de redes de dormir. Os agentes penitenciários foram tomados com reféns e a PM cercou o local. Contudo, o efetivo reduzido não conseguiu conter a violência dos amotinados. Segundo a Polícia, pelo menos 11 dos rebelados conseguiram escapar, mas nove foram recapturados escondidos em casas e pontos comerciais no entorno da unidade prisional.
Somente por volta das 21h30, após uma exaustiva negociação com os detentos rebelados, o comandante da PM local, a 3ª Companhia do 3º BPM, tenente-coronel Artunane Aguiar, autorizou a entrada tática da tropa. Naquele momento, já haviam chegado a Camocim reforços dos destacamentos de Barroquinha e Chaval, da Companhia de Tianguá, além de patrulhas do Comando Tático Rural (Cotar) e do Batalhão de Policiamento de Divisas.
Destruição
Os seis presos feridos – três deles baleados – foram encaminhados à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Camocim, onde receberam socorros médicos. Nenhum deles apresentava estado grave. PMs feridos a pedradas também foram medicados.
Quando a Polícia finalmente dominou a situação, rendeu os presos e entrou na Cadeia Pública, encontrou um quadro de completa destruição. Havia buracos nas celas que seriam a entrada de túneis que estavam sendo escavados. As grades e trancas das celas foram arrancadas pelos amotinados. Todos “dormiram” agrupados no pátio, sob vigilância de dezenas de PMs.
A situação no local ainda é tensa e nesta quinta-feira a Justiça terá que proceder a transferência de dezenas de presos, já que a Cadeia Pública não tem mais condições estruturais de mantê-los ali.
Por FERNANDO RIBEIRO