Os tradicionais desfiles, com fanfarras e bandas marciais, incluíram coreografias, homenagens à tradição popular, projetos desenvolvidos nos colégios. Em Crato, professores se vestiram de preto para protestar por mais direitos.
Na terra do Padre Cícero, os cortejos passaram a ser realizados na Avenida Ailton Gomes, no bairro Pirajá. Diversas ruas foram interditadas e o trânsito permaneceu tumultuado durante parte da manhã, mesmo com o trabalho dos agentes do Departamento Municipal de Trânsito (Demutran).
Em Crato, as escolas seguiram o trajeto oficial das ruas Dr. João Pessoa e Miguel Lima Verde, com palco das autoridades posicionado na Praça Siqueira Campos. O 22º Grito dos Excluídos chegou a passar antes mesmo da conclusão do desfile das escolas, com faixas e cartazes com os escritos "Fora Temer".
Temas delicados relacionados à violência contra à mulher foram tratados pelos integrantes da Escola Polivalente, do Crato. No ato simbólico, com mordaças e mãos atadas, as estudantes pediam por justiça para os crimes praticados na região, muitos deles impunes.
Norte
Em Sobral, o Desfile Cívico teve concentração às 7h30, no Boulevard de Nossa Senhora da Fátima. O local foi enfeitado de ponta a ponta com as cores da Bandeira do Brasil. Segundo a organização, 50 órgãos e instituições participaram da marcha, reunindo em torno de 4 mil pessoas, entre escolas da rede pública, secretarias municipais, policiais civis e militares, e outros agentes de segurança, além do grupamento do Tiro de Guerra, Corpo de Bombeiros e Guarda Municipal, último grupo a desfilar, encerrando as atividades.
No fim do desfile, manifestantes iniciaram uma caminhada no Boulevard do Arco, seguindo o mesmo percurso da Parada, portando faixas e cartazes e gritando palavras de ordem. Num trecho, a cerca de 200 metros do palanque onde estavam as autoridades, eles foram barrados por um pelotão da Polícia Militar, que bloqueou a via com uma viatura e motos. Os ânimos se acirraram por alguns minutos, e houve bate boca. O público que prestigiou a parada, se misturou ao protesto e engrossou o coro que gritava "Fora Temer". Mesmo com a tentativa de negociação com os policiais, o espaço só foi liberado após o palanque ter sido esvaziado.
Sertão Central
No Sertão Central, o maior público que se reuniu para ver o desfile cívico do 7 de setembro foi neste Município. O desfile aconteceu no início da manhã e, segundo estimativa dos organizadores reuniu cerca de 6 mil pessoas. Foram 33 pelotões formados por escolas e por entidades, acompanhados de fanfarras. A cerimônia teve início por volta de 7h. O sargento Francisco Guanabara Filho, o cabo Antônio Joel de Oliveira e o soldado Antônio Filho, baleados e mortos no dia 30 de junho deste ano, durante um confronto com bandidos no distrito de Juatama, foram homenageados.
Em Milhã, o desfile trouxe de volta a Banda Marcial, que tocou nas comemorações do 7 de setembro por vários anos mais há quase uma década não se apresentava. A preocupação com o Planeta foi o tema principal de quase todos os pelotões das escolas de Ibaretama, onde o município reuniu um grande público.
Centro-Sul
Nesta cidade do Centro-Sul, cerca de 10 mil pessoas acompanharam, no início da noite de ontem, o tradicional desfile cívico e militar em homenagem à Independência do Brasil. Neste ano, o tema central foi "Educação para a diversidade, todos iguais respeitado as diferenças".
O desfile começou às 18h. Mais de mil alunos de dez escolas públicas participaram do evento, que contou com apresentação de tropas e equipes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, reservistas das Forças Armadas, Lions Clube, estudantes da Associação de Pais e Alunos Excepcionais (Apae), Banda de Música maestro Manoel Ferreira Lima, Ordem Demolay, Filhas de Jó, Desbravadores.
As corporações militares levaram para as ruas armas e viaturas e os alunos criatividade na apresentação de aspectos da história do Brasil e da temática sobre igualdade, respeito e diferenças. "É sempre emocionante assistir ao desfile em homenagem à Pátria", disse o aposentado Tadeu Gomes.
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