O movimento faz parte de uma estratégia nacional da categoria, que luta por melhores salários, condições de trabalho e reconhecimento, além de se manifestar contra um pacote de medidas que tramita no Congresso Nacional que retira direitos e conquistas dos servidores públicos. O movimento nacional é encabeçado pela Confederação Brasileira de Trabalhadores da Polícia Civil (Cobrapol).
Há duas semanas, o presidente da entidade, Jânio Bosco Gandra, esteve em Fortaleza para participar, como palestrante, de um seminário com o tema “Direitos Humanos Para Policiais”, promovido pela OAB-Ceará, e confirmou a paralisação da categoria em todo o País nesta quarta-feira. Pelo menos, 17 dos 23 estados brasileiros deverão ter suspensos os trabalhos da Polícia Civil durante 24 horas, entre eles, o Ceará.
Revolta
No cenário local, a Polícia Civil cearense vive dias de completo desânimo e desvalorização por parte do Governo de Camilo Santana (PT). Os servidores estão até o momento sem reposição salarial e as perdas econômicas se aliam às péssimas condições de trabalho nas delegacias.
As unidades estão superlotadas de presos. Os motins e fugas e fugas acontecem diariamente. Policiais são feitos reféns e ameaçados de morte. A categoria, em conseqüência disso, deflagrou a “Operação Polícia Legal” e não está mais recebendo alimentos para os presos fornecidos pelas famílias destes.
O estado de greve dos policiais civis é acompanhado também pela classe que reúne os peritos criminais, peritos auxiliares e peritos legistas.
Fonte Fernando Ribeiro
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