Um atentado deixou ao menos 75 mortos e 50 feridos nesta quinta-feira (14) quando um caminhão avançou sobre milhares de pessoas que participavam da festa da Queda da Bastilha em Nice, no sul da França.
Segundo o governo local, que classifica a ação como atentado, o caminhão estava carregado com armas e granadas. A Presidência da República ainda não confirmou a hipótese de atentado.
A informação sobre os mortos foi concedida pelo Tribunal de Nice. O número de vítimas, porém, pode aumentar.
O veículo entrou na área fechada da Promenade des Anglais, avenida litorânea da cidade, por volta das 22h30 (17h30 em Brasília), pouco antes da queima de fogos que marca o mais importante feriado francês.
Segundo a imprensa local, o caminhão teria percorrido cerca de dois quilômetros na avenida, e parou na altura do Hotel Westminster, a poucos metros do local da queima de fogos.
Os espectadores da festa ficaram em pânico e saíram correndo. O governo da região de Alpes-Maritimes, onde fica Nice, pediu à população que voltasse a suas casas e ficasse em locais fechados.
Cinquenta minutos depois, a polícia cercou a área onde estava o caminhão, perto da praça Masséna. Segundo a imprensa francesa, um dos ocupantes do caminhão foi morto e o outro continua foragido.
Integrantes da polícia consultados pelo "Le Figaro" disse que, no baú do veículo, foram encontradas diversas armas de pequeno e grosso calibre, assim como granadas. A informação, porém, ainda não foi confirmada oficialmente.
Também não houve reivindicação de nenhum grupo terrorista até o momento. Nos fóruns ligados a militantes da milícia terrorista Estado Islâmico, entretanto, diversos usuários comemoraram o atropelamento.
O presidente francês, François Hollande, que estava em Avignon para o feriado da Revolução Francesa, voltou a Paris para fazer uma reunião do gabinete de crise. O Ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, viajou a Nice.
Infográfico: Onde fica Nice
Mais cedo, Hollande havia afirmado que não pretendia estender o estado de emergência em vigor desde a série de atentados de Paris, em novembro. A medida seria suspendida no próximo dia 26.
Em mensagem nas redes sociais, o presidente interino, Michel Temer, lamentou o ataque no sul da França.
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