A emissora belga RTBF afirmou que os irmãos eram conhecidos da polícia. Pelo menos um deles estava entre os três suspeitos flagrados por câmeras do circuito interno do aeroporto internacional de Zaventem.
Um terceiro suspeito foi preso. Ele foi identificado como Najim Laachraoui e seria cúmplice de Salah Abdeslam, o principal suspeito por trás dos atentados em Paris em novembro do ano passado, preso na última sexta-feira em Bruxelas.
A rede de TV belga RTBF afirmou que Brahim estaria por trás do atentado suicida no aeroporto. Já Khalid seria o responsável pelo ataque no metrô.
Explosões no aeroporto e outra em uma estação de metrô na última terça-feira deixaram 34 mortos e cerca de 250 feridos. A Bélgica declarou três dias de luto nacional.
Khalid possuía nacionalidade belga e bahamense.
De acordo com a RTBF, os irmãos tinham antecedentes criminais.
A emissora disse que Khalid el-Bakraoui usou um nome falso para alugar um apartamento no bairro de Forest, na capital belga, onde a polícia matou um atirador durante um tiroteio na semana passada.
Foi durante o incidente que a polícia encontrou as digitais de Abdeslam.
O jornal belga La Dernière Heure afirmou que Khalid el-Bakraoui estava sendo procurado pela polícia por atividades relacionadas ao terrorismo enquanto Ibrahim estaria foragido depois de uma condenação por outro crime.
Nas imagens divulgadas pela polícia, três homens são vistos empurrando carrinhos com bombas no aeroporto antes das explosões.
Alvos
As explosões no aeroporto aconteceram uma seguida da outra, por volta das 8h locais (4h de Brasília), matando 14 pessoas.
Uma terceira bomba foi encontrada e detonada pelo esquadrão anti-bomba.
Uma hora depois, outra explosão atingiu a estação de metrô de Maelbeek, matando 20 pessoas.
O grupo autodenominado Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques em comunicado oficial. Nele, os extremistas ameaçam a realização de novos ataques em "países que estão aliados contra o Estado Islâmico".
Em entrevista a jornalistas, o promotor Frederic van Leeuw disse que diversas explosões controladas foram realizadas ao longo do dia pelas forças de segurança, em pacotes considerados suspeitos pelas autoridades.
Leeuw disse que as buscas feitas no bairro de Schaerbeek, na capital belga, levaram à descoberta de dispositivos explosivos contendo pregos, produtos químicos e uma bandeira "Estado Islâmico".
O primeiro-ministro da Bélgica, Charles Michel, classificou os atentados como "uma ação violenta e covarde" e disse que foi um "momento trágico na história do país".
O aeroporto, o metrô e todo o sistema de transportes da cidade (incluindo ônibus e VLTs) permaneceram suspensos durante grande parte da terça-feira. Os trens da Eurostar de Bruxelas para Londres também foram interrompidos.
O estado de alerta foi elevado ao máximo na Bélgica, e tropas nacionais foram enviadas a Bruxelas.
A emissora estatal RTBF disse que o palácio real teve de ser evacuado ─ a família real belga disse em comunicado que estava "abalada com o odioso ataque".
De Cuba, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou uma mensagem de apoio ao governo belga.
"Nós podemos e vamos derrotar os que ameaçam a segurança das pessoas ao redor do mundo", afirmou.
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