A mãe da vítima, Gracimar Santos de Andrade, de 46 anos, disse que Juliana havia apresentado José como namorado há cerca de seis meses:
— Estamos sofrendo, minha filha tinha uma vida pela frente. Esse rapaz teve o sangue frio de conviver com a gente e aparecer no enterro.
Juliana namorava com o acusado há cerca de seis meses Foto: Arquivo pessoal
No dia do desaparecimento da jovem, 31 de janeiro, o casal havia saído para lanchar em um shopping da região.
— Depois devem ter discutido, e ela deve ter terminado com ele. Ultimamente, ela falava que queria terminar com ele, porque era muito ciumento — contou Gracimar.
Quando a jovem não voltou para casa, a família começou a ficar preocupada.
— Estranhei porque ela não deu notícias. Ficamos desesperados. Depois de alguns dias, ele chegou a mandar mensagem dizendo que ela estava sob posse de milicianos. Fizemos panfletos com a foto dela, registramos queixa na polícia e ele fingindo que estava ajudando — lembrou a mãe.
No dia 10, a família descobriu que o corpo estava no Instituto Médico Legal (IML).
— A polícia fez um ótimo trabalho e instruiu que ele fosse chamado para o velório. Não contamos detalhes. Apenas que o corpo tinha sido localizado. Ele ainda queria fazer camisas com a foto dela para a gente usar no enterro, mas não teve tempo, porque foi avisado na véspera — relatou Gracimar.
A mãe da jovem diz que o acusado se comportou como se estivesse triste com a situação:
— Ele colocou até que estava de luto, no Facebook. Ao chegar no enterro, teve coragem de dar um beijo na minha filha mais nova. O rapaz ia abraçar meu marido também, mas ele (o pai da vítima) começou a passar mal e eu gritei "ele matou minha filha". Os policiais que estavam lá o prenderam na hora. A justiça foi feita.
Segundo a Polícia Civil, foi cumprido um mandado de prisão expedido pela Justiça, com base na investigação da delegacia especializada. Os policiais descobriram ainda que o homem seguia a rotina normalmente após o homicídio. Ele teria asfixiado a jovem com um cadarço por não aceitar o término do relacionamento.
O delegado-assistente da DH, Fábio Salvadoretti, disse que a investigação foi bastante complexa:
— Espero que a prisão do assassino no velório da vítima, talvez, traga um pouco de conforto para a família da vítima Juliana, além de mostrar que este assassino é uma pessoa violenta, convarde, fria e desleal.
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