00:00 · 05.12.2015 / atualizado às 00:05
Brasília. A presidente Dilma Rousseff (PT) disse, ontem, que vai lutar contra a abertura do processo de impeachment porque nada fez que justificasse o pedido. Em discurso na 15ª Conferência Nacional de Saúde, ela avaliou que, "pela saúde da democracia brasileira, é preciso lutar contra o golpe".
"As razões que fundamentam essa proposta são inconsistentes e improcedentes. Eu não cometi nenhum ato ilícito", afirmou.
"Meu governo praticou todos os atos dentro do princípio da responsabilidade com a coisa pública", completou, em meio a gritos de "Não vai ter golpe" e "Fora Cunha", da plateia.
De acordo com Dilma, o que está em jogo são escolhas políticas feitas ao longo dos últimos 13 anos. Ao fim do discurso, ela garantiu que vai defender o seu mandato com todos os instrumentos de um Estado de Direito.
"Essa luta não é em favor de uma pessoa, de um partido ou de um grupo de partidos. É uma luta em favor da democracia brasileira", disse.
"Vou lutar contra esse pedido de impeachment porque nada fiz que justifique esse pedido e, principalmente, porque tenho um compromisso com a população deste país".
Recepção
Dilma, que foi bastante aplaudida no evento, disse que o apoio recebido fazia "bem para a alma". No auditório, não houve, porém, unanimidade. Enquanto uns gritavam "Fora Cunha, Fica Dilma" outros contrários emendavam "para poder roubar".
Entre os protestos enfrentados pela presidente da República, houve gritos e cartazes de "Fora Dilma, Fora PT". As vaias e gritos mais fortes vieram principalmente no momento em que a presidente Dilma começou a discursar e a defender seu mandato. Ela continuou, enquanto a polícia tentava apartar os participantes que se xingavam.
Ao final da cerimônia, a presidente, ao invés de deixar o palco, como faz normalmente, dirigiu-se ao público para cumprimentar seus apoiadores.
Itens relacionados:
Nacional