As principais alegações foram: o impacto financeiro para o município, o atraso existente na folha de pagamento e a não convocação dos concursados de 2014.
A sessão ordinária da Câmara de vereadores de Limoeiro do Norte, realizada na quinta-feira, 03 de dezembro, sob a presidência do vereador José Gladis de Lima Bandeira, foi iniciada com um minuto de silêncio em respeito ao falecimento do ilustre juiz de direito Dr. João Dantas de Carvalho. Em seguida o projeto de Lei de autoria do executivo municipal, criando mais de 700 vagas em diversas funções nas Secretarias que compõem a administração municipal, solicitando da Câmara a autorização para a realização do processo de um concurso público, se tornou a pauta principal de debate em plenário envolvendo a participação de quase todos os vereadores, onde uns opinaram a favor e outros contra o projeto.
Fazendo uso da tribuna no grande expediente overeador Antônio Mauro da Costa, comentou sobre o concurso público que estava para ser votado naquele dia. Segundo ele, o prefeito não prevê o impacto financeiro das contratações, uma vez que essa previsão deveria está junto com o projeto, coisa que não aconteceu. Nesse assunto, o experiente parlamentar alertou aos colegas da responsabilidade que recaia sobre os ombros dos vereadores, a autorização para a realização de um novo concurso nas atuais situações de descrédito que se encontra a administração.
O vereado Francisco Jussiêr Baltazar Costa (Chico Baltazar), parabenizou o prefeito Paulo Duarte, por tentar realizar um concurso público para garantir o funcionamento da máquina administrativa sem politicagem, mas lembrou que em 2014, esse mesmo prefeito realizou o concurso para contratar 90 servidores para o cargo de Guarda Municipal, Agente de Trânsito e Agente de Defesa Civil, no entanto, apenas 16 deles foram chamadas para trabalhar, e os demais que pagaram cursinhos preparatórios e a taxa do concurso foram aprovados, mas ainda aguardam serem convocados as suas vagas. Já aqueles que estão empregados na Prefeitura municipal, em especial no hospital regional, gozam de até 8 meses de salários atrasados.
O vereador Carlos Marduque Silva Duarte, se mostrou surpreso com a postura dos vereadores que se declaram contra a realização do concurso público. Ele observou que vários vereadores tem parentes concursados no município, e que esses mesmos vereadores negam à juventude Limoeirense e Jaguaribana que acaba de sair do ensino médio ou profissionalizante, o direito de concorrer à uma vaga de emprego público. Da tribuna, Marduque questionou os Pais e Mães de família que escutavam a transição da sessão, se eles concordavam que seus filhos que passaram a vida estudando, não tivessem o direito de concorrer a uma vaga de emprego. Sobre as alegações de seus opositores ele classificou como discurso de balela.
O vereador Arimateia Brito, disse que até votaria favorável ao projeto, se o mesmo fosse retirado de pauta e enviado a Casa Legislativa só depois que o prefeito Paulo Duarte realizasse a proeza de botar em dia todos os servidores e fornecedores do município e chamar os concursados da Guarda Municipal e da Defesa Civil, visto que se o município não pode chamar 76 pessoas do concurso anterior, como irá conseguir chamar novos concursados.
Os vereadores José Lins Guerra (Eliezer) e Heraldo Holanda também alegaram a falta de contratação de servidores concursados, o impacto financeiro, e a contratação de temporários em janeiro para se posicionar contra o concurso.
Heraldo Holanda também observou: pelo que vêm mostrando ao longo dos quase três anos, a administração não merece mais esse voto de confiança, já Eliezer descaracterizou o discurso de que o concurso é um compromisso de campanha, haja visto que o prefeito passou 3 anos empregando quem queria e só no apagar das luzes pretende fazer concurso.
Já na sessão extraordinária, iniciada logo depois do final da sessão ordinária, para votar o projeto do concurso, o vereadorGeneziano de Souza Martins, até então favorável ao projeto, pediu a palavra para discutir e afirmou que dali para frente votaria contra o projeto, pôs segundo ele, o mesmo acabará de ouvir o prefeito falando em uma emissora de rádio local, onde colocava todo os parlamentares no mesmo nível, dando as autoridades do Legislativo nomes de expressão chulas.
Quando posto em votação, o projeto recebeu 8 votos contrários, dados pelos vereadores:Mauro Costa, Eliezer, Chico Baltazar, Heraldo Holanda, João Torres Filho, Gilvan Moura, Geneziano Martins e Ângela Maria (Anginha). Uma abstenção do vereador Arimateia Brito e5 votos favoráveis dos vereadores: Marduque Duarte, Edinaldo Ferreira, Mixico, Barão e Sebastião Maia.
Por Arnaldo Freitas
Fonte: TV Jaguar