00:00 · 18.10.2015 / atualizado às 00:29
Não faltou disposição, não faltou raça nem vontade de ganhar. O que faltou para o time do Fortaleza foi competência para superar o Brasil de Pelotas.
Ontem, novamente com a Arena Castelão abarrotada (mais de 63 mil pessoas), a equipe do técnico Marcelo Chamusca fracassou dentro de casa em um mata-mata de Campeonato Brasileiro, como ocorreu em 2012 e 2014. O empate sem gols, depois de ter perdido em Pelotas por 1 a 0, não foi suficiente para conquistar o tão sonhado acesso e acabar o pesadelo de disputar a Terceirona. Com isso, o Fortaleza vai amargar o sétimo ano consecutivo na Terceira Divisão nacional em 2016.
Para quem esperava um time mordido, com pressão desde o início e atacando com intensidade como foi nos jogos contra o Águia (na última partida da primeira fase do Grupo A) ou contra o Sport (pela Copa do Brasil), viu um Fortaleza equilibrado e estudando o adversário.
O primeiro chute tricolor só saiu aos oito minutos, culminando em uma boa intervenção do goleiro Eduardo Martini. Em seguida, Lúcio Maranhão chutou a bola no travessão. O Brasil, recuado com praticamente os 11 jogadores no campo de defesa, e sem intenção de se arriscar no ataque, tentava tocar a bola, mas era facilmente dominado. O goleiro leonino Ricardo Berna só fez uma defesa durante os 45 minutos iniciais.
Lá na frente, o Fortaleza pressionava, e Eduardo Martini, a cada defesa, se jogava no chão para fazer cera para segurar o ímpeto tricolor e o primeiro tempo terminou no 0 a 0.
Na etapa complementar, Chamusca não fez mudanças e viu o adversário abdicar do setor ofensivo. O Fortaleza, na base do chuveirinho e sem conseguir furar o bloqueio gaúcho, já demonstrava nervosismo. Na bola parada, após o escanteio, Daniel Sobralense acertou o travessão.
Chances perdidas
Pio entrou no lugar de um apagado Maranhão e começou a arriscar em chutes de fora da área consagrando ainda mais o camisa 1 do Brasil. Ricardo Jesus e Elias também foram a campo e o meio-campista teve duas ótimas chances. Na primeira, a bola raspou a trave e na segunda, Martini fez linda defesa.
Com o fim do jogo se aproximando, a catimba e a cera dos gaúchos só aumentaram. Tanto que Xaro foi expulso por demorar a bater um lateral. Mas já não dava mais tempo. E o que se viu foi novamente um Fortaleza – melhor ataque do Campeonato – incapaz de marcar um gol na sólida defesa do Brasil e ser eliminado outra vez dentro de casa.
Ao final, a coletiva do técnico Marcelo Chamusca acabou sendo cancelada e jogadores falaram com os repórteres apenas na borda do campo, antes de descerem para os vestiários.
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