O processo de politização de um povo passa por mudanças de hábitos e até cultural.
O processo de politização de um povo passa por mudanças de hábitos e até cultural, e isso demanda tempo, para quem acompanha a fervura do caldeirão político da terra do Vaqueiro, é notório que o fenômeno da mudança teve início em 2004.
Até então, em 128 anos de emancipação política, nunca uma chapa majoritária considerada 3ª via, havia conseguido uma votação tão expressiva. Os responsáveis por essa façanha foi o ex-prefeito de Ibicuitinga Eugênio Rabelo e o médico doutor (PHd), Ivamberg Sena, a dupla obteve aproximadamente 30% dos votos válidos, escrutinados pela justiça eleitoral.
Para os fanáticos da política foi uma derrota, já para os sensatos ficou evidente o recado aos políticos que o voto de cabresto está com os dias contados e que o jargão sonorizados pelas ruas orquestrado pelos puxa-sacos que dizia “Aqui só quem tem voto é coruja e caboré” está caindo por terra. Em 2012 uma das famílias que tradicionalmente se reversa no poder, por não ter um nome de expressão em sua casta, se viu “obrigada” a apoiar a candidatura de dois empresários anônimos para o eleitorado moradanovense, porém, determinados em assumir o executivo da terra do Vaqueiro.
Vanderley Nogueira e Roberto Motos conseguiram aglutinar no mesmo palanque uma grande massa que desde a eleição de 2004 já havia externado o desejo de votar em candidatos que não tivesse o sobrenome Girão ou Castro.
Lembrando que a dupla Vanderley Nogueira e Roberto Motos (WN e RM) nunca haviam se candidatado a nada, depois de um resultado bastante tumultuado nas urnas, WN e RM assumiram a prefeitura de janeiro à maio de 2013, inconformados com o resultado por ter o registro de seu candidato cassado, o grupo dos Castros não aceitou a derrota, apelou para o Tribunal Superior Eleitoral - TSE, assim, a decisão foi parar nos tribunais da justiça eleitoral em Brasília que reconheceu o registro da chapa Glauber e Marcelo Cunha.
Há quem diga que lá houve manipulação, outros asseguram que prevaleceu a vontade das urnas. Depois de toda essa delonga, vem a grande pergunta: Em 2016, a oposição estará preparada para derrotar o grupo que tem garantido 8 anos no poder? A situação tem uma estratégia mais eficiente e assim, evitará ter que usar do mesmo expediente atual para se manter no poder? Quem serão os nomes que irão representar a oposição? A situação está disposta a votar em um candidato que não tem o sobrenome Castro? Como fez os Girões na eleição para prefeito em 2012? Tenho dito.
Por: Marfreitas
Postado: TV Jaguar
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