Metade do município, o que inclui toda a zona rural, só recebe água potável através de caminhões
Quixadá. A cada dia que passa, a situação hídrica do Ceará se torna mais grave. Esta cidade, localizada no Sertão Central, já conta com mais de 30 mil moradores da zona rural quer recebem água através do programa emergencial Operação Pipa. O número exato é 30.124. Mais outros 4.100 moradores recebem assistência do Município, segundo o levantamento mais recente divulgado pela Coordenadoria Municipal de Defesa Civil(Comdec). Esses dados representam quase a metade da população.
Ainda de acordo com a Comdec de Quixadá, 63 carros-pipa estão atendendo 411 localidades através da operação coordenada pelo Exército Brasileiro. Os custos mensais, com recursos do Governo Federal, chegam a mais de R$ 900 mil com o serviço de transporte. A água é captada do açude Currais Novos, em Morada Nova, que recebe aporte hídrico do maior reservatório do Estado, o Castanhão. Já a Prefeitura desembolsa recursos para abastecer escolas, creches, postos de saúde e famílias que não são atendidas pela Operação Pipa.
Castanhão
Conforme o gerente regional da Cogerh, Almeida Chaves, a operação será realizada para atender cerca de 500 famílias daquelas localidades, que ainda não possuem cisternas para receberem água através do programa emergencial Operação Pipa. Também servirá para a dessedentação animal.
Na segunda-feira, 27, uma equipe técnica vai inspecionar a limpeza para poder liberar a água que será suficiente para suprir os moradores por aproximadamente 20 dias. A decisão foi tomada na reunião realizada na última quinta-feira, 23, em Limoeiro do Norte, com a Comissão Provisória de Acompanhamento da Operação dos Vales do Jaguaribe e Banabuiú.
Na reunião, os técnicos da Cogerh também apresentaram a situação do segundo maior reservatório público do Estado, o Orós, responsável pelo atendimento de abastecimento humano das sedes municipais de Orós, Jaguaribe, Jaguaretama, de dezenas de comunidades rurais em seu entorno e no leito do rio Jaguaribe.
Balanço
Na avaliação dos especialistas, nesse primeiro balanço hídrico parcial, o açude apresenta um saldo em sua operação de 3.739.776 m³ de água. O volume atual é de 819.270.000 m³, o equivalente a 42,2%. A vazão média aprovada para o período de 1º de julho deste ano a 1º de fevereiro de 2016 foi de 4 m³/s, em atendimento às demandas prioritárias de abastecimento humano e dessedentação animal.
Mais informações
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Alex Pimentel
Colaborador
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