Encontro de hoje tem como tônica o melhor momento do Ceará, vencedor do último duelo, e o Fortaleza pressionado; peso das camisas, entretanto, deve favorecer a emoção do confronto
Falar em favoritismo em clássico é quase heresia. Sempre que podem, os envolvidos fogem de qualquer declaração que possa denotar favoritismo para um dos lados, mesmo que um deles viva momento melhor. Para o Clássico-Rei de hoje, às 18h15, no Castelão, pela 4ª rodada da 2ª Fase, o Ceará vive um melhor momento na tabela do grupo B2 - quase classificado - e até no lado psicológico, ao ter vencido o último clássico por 1 a 0 e defender tabu de 13 jogos sem perder para o rival. Já o Fortaleza está pressionado ao deixar a zona de classificação do grupo B1, precisando, assim, da vitória para não depender de tropeços do Quixadá para ir às semifinais.
Mas, afinal, as camisas igualarão o confronto, mesmo com os detalhes expostos? Se depender dos placares dos últimos jogos, sim, como no empate em 1 a 1 pelo Nordestão, e a vitória do Ceará por 1 a 0, no sábado (7), pelo Estadual. Mas no dois duelos alguma equipe se sobressaiu: no primeiro, o Fortaleza foi melhor; no segundo, o Alvinegro foi dominante e poderia até ter vencido por um placar mais elástico.
O técnico do Vovô, Silas, admite que o momento do Ceará é melhor, mas que o jogo tende a ser equilibrado. "Nunca um clássico foi desequilibrado porque um está mal e o outro está bem, mesmo achando que não seja o caso agora. Por conta da tabela, o Fortaleza pode vir com um perfil diferente, precisa também do resultado positivo, não de um empate e sim da vitória, e talvez esteja mais pressionado pelo seu torcedor pelo resultado do clássico passado", opinou ele.
O técnico Marcelo Chamusca, no ano passado, enfrentou o Ceará em quatro oportunidades pelo Campeonato Cearense. Foram três empates e uma derrota para os alvinegros. "Isso nos incomoda tanto quanto ao torcedor e vamos mostrar comprometimento, entrega e atitude diferente do clássico passado para tentar vencer", avisou Marcelo Chamusca.
Cobertura especial
O clássico de logo mais contará, mais uma vez, com uma cobertura especial do Diário do Nordeste. Antes da partida, das 16h30 às 18h, comentaristas vão preparar o terreno para o jogo das 18h15, com o Estúdio Jogada especial, direto do Castelão.
Durante a partida, os analistas cederão espaço à transmissão ao vivo nohttp://www.diariodonordeste.com.br/jogada. Enquanto isso, o torcedor que for ao estádio poderá colaborar com vídeos, destacando a emoção do clássico por intermédio da ferramenta Gol do Torcedor.
Ceará almeja vaga para as semifinais
Além da motivação natural de vencer um Clássico-Rei, o Ceará tem como outro objetivo garantir matematicamente sua vaga para as semifinais do Campeonato Cearense, isso com duas rodadas de antecedência.
Líder do grupo B2 com sete pontos, o Vovô garantirá presença nas semifinais se obtiver um empate hoje, pois não poderia mais ser ultrapassado pelo Maranguape, que soma um ponto e terá apenas mais dois jogos.
Os jogadores do Ceará esperam que a classificação seja sacramentada logo. "Sempre queremos vencer e nos classificarmos o quanto antes. Isso é importante para dar uma tranquilidade para trabalhamos. Vivemos uma maratona e lutamos para nos classificar no Estadual e no Nordeste logo", argumentou o atacante Magno Alves.
Formação
Para este sábado, o técnico Silas não contará com o zagueiro Sandro, que ainda se recupera de lesão no tornozelo. Assim, Gilvan continua na defesa.
Em contrapartida, o atacante Assisinho e o meia Marcos Aurélio, que desfalcaram o Vovô na quarta-feira contra o Botafogo/PB, estão de volta. Outro que retorna ao time titular após dois jogos cumprindo suspensão é o volante João Marcos.
Chamusca mantém base do último jogo
De olho no Clássico-Rei, o técnico Marcelo Chamusca deve mexer em apenas duas posições no seu time, se comparado com aquele do seu jogo de reestreia - vitória contra o Ríver/PI, pela Copa do Nordeste.
O volante Pio retorna ao meio campo no posto de Auremir e Everton assume a vaga de Samuel, meia que foi vetado por causa de uma contratura muscular na coxa esquerda.
O treinador leonino, no entanto, fez um pouco de mistério no apronto da equipe, na manhã de ontem, no Estádio Alcides Santos. Foi um treino de portões fechados, só aberto para os olhos da imprensa quando o ensaio já estava praticamente encerrado. A linha de frente contará novamente com Lúcio Maranhão e Daniel Sobralense.
O comandante tricolor mostrou muita preocupação com os destaques do Ceará, especialmente com o centroavante Magno Alves, chamado por ele de o "Cheiroso". "Ele foi meu jogador no mundo árabe, e na época nós o chamávamos de 'cheiroso', porque ele cheira a gol. É um jogador muito qualificado, nos causa preocupação, mas não apenas ele. O restante do time, todo composto de jogadores de alto nível, também preocupa, mas vamos tentar mostrar o nosso futebol e tentar vencer", comentou.
Vladimir Marques
Repórter FONTE DN
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