-->

Como a Violência Prejudica a Economia: Entenda os Efeitos

 Saiba como a violência afeta a economia


De acordo com um estudo do Fundo Monetário Internacional (FMI) do final do ano passado, o número de homicídios na América Latina é bem maior do que a média global, resultando em uma redução de 0,3 a 0,4 ponto percentual no crescimento econômico anual da região, explica Bráulio Borges, pesquisador associado do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre).

“Essa situação impacta o crescimento do PIB, pois há uma menor acumulação de capital e uma redução na produtividade econômica”, diz Borges. “Além disso, em outros tipos de crimes, há também impactos, como o aumento dos custos de transação. Por exemplo, quando há muitos roubos de carga, as empresas acabam gastando mais com segurança e seguros, recursos que poderiam ser usados de maneira mais produtiva em outras áreas”.

Como a Violência Prejudica a Economia: Entenda os Efeitos

O mesmo estudo indica, conforme Borges, que, entre 2017 e 2019, o Brasil gastou em média cerca de 1% do PIB em segurança pública, enquanto as economias mais avançadas têm um gasto de 1,5% do PIB nessa área. “O Brasil não está tão distante disso. Contudo, não é só uma questão de gastar mais; é preciso também usar inteligência para aumentar a produtividade dos gastos”, acrescenta Borges.

Joana Monteiro, professora na Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV Ebape) e pesquisadora em segurança, afirma que os orçamentos para segurança pública no Brasil são “brutais”. “No Rio de Janeiro, o orçamento da segurança está quase igual ao somatório dos orçamentos de saúde e educação”, observa Monteiro, que atuou por seis anos em cargos importantes no governo do estado do Rio, como diretora-presidente do Instituto de Segurança Pública e coordenadora do Centro de Pesquisa do Ministério Público do RJ.

Monteiro destaca que uma das ações que o governo federal deve tomar é criar um sistema integrado de informações e inteligência. Ela menciona que há um “fetiche” por tecnologia na segurança pública, como as câmeras de reconhecimento facial. “A câmera só vai funcionar bem se tiver um bom banco de fotos das pessoas. Se não, ela não vai reconhecer. Muitos problemas com essas câmeras surgem devido aos ‘falsos positivos’, já que o algoritmo não é adaptado ao fenótipo brasileiro e as bases de dados são de baixa qualidade”, explica.

Ela afirma que estruturar essas bases não precisa ser caro, mas demanda uma boa gestão e “um trabalho minucioso”. “É um, dois anos organizando os dados, e depois vai funcionar bem.”

Luciano Almeida

Olá, sou o Luciano Almeida e é um prazer me apresentar a vocês. Tenho 41 anos e sempre vivi em Quixeré, uma cidade que conheço como a palma da minha mão. Sou um rapaz negro de pele clara, apaixonado por desenho, leitura e fotografia! Foi essa paixão que me inspirou a criar este blog. Aqui, meu objetivo é trazer informações relevantes para o Vale do Jaguaribe, uma região situada no centro-leste do Ceará, e também compartilhar um pouco do dia a dia dos jaguaribanos. Vou abordar temas como educação, saúde, cultura e, especialmente, a importância de sermos reconhecidos como cidadãos, com nossas próprias opiniões e vontades. Quero explorar nossa identidade neste mundo e como nos conectamos a ela. Além disso, pretendo destacar lugares interessantes nas cidades da região. Todos os dias, aqui no Jornal Vale em Destaque, você encontrará novidades fresquinhas para ficar bem informado.

Estamos felizes por você ter escolhido deixar um comentário. Tenha em mente que os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato