MC Black é encontrado morto na Praia da Leste-Oeste, dois dias após desaparecer na Praia de Iracema

MC Black é encontrado morto na Praia da Leste-Oeste, dois dias após desaparecer na Praia de Iracema

Um jovem de 20 anos que estava desaparecido desde a última segunda-feira (22) foi encontrado morto, na manhã desta quarta-feira (24), na Praia da Leste-Oeste, em Fortaleza. O corpo é de Francisco Ytalo Oliveira de Queiroz, conhecido como MC Black, de acordo com a família.

Ao Diário do Nordeste, uma prima da vítima disse que, na segunda-feira (22), ele pediu emprestado uma motocicleta da ex-cunhada para sacar dinheiro e foi da Granja Portugal, onde morava, até a Praia de Iracema, para tomar banho de mar.

No mesmo dia, a ex-cunhada rastreou a moto para saber onde o veículo estava e, assim, descobrir o paradeiro de Francisco Ytalo, que também era costureiro de jeans e entregador na pastelaria do primo.

"Até ontem (terça-feira, 23/11), nós estávamos com esperança. Hoje, a gente já amanheceu com a notícia", afirmou a prima.

Outra prima do jovem contou à reportagem que o corpo dele foi encontrado por surfistas que estavam na praia da Leste-Oeste. 

A família o reconheceu por causa de uma tatuagem, de cicatrizes e de um anel. Os parentes revelam ter identificado sinais de tortura no MC.

Colocado no porta-malas

De acordo com a família, ele teria sido capturado por integrantes de uma organização criminosa e colocado no porta-malas de um carro, pois estava em um "território rival". Embora respondesse por roubo, garantem os parentes, ele não tinha envolvimento com o crime.

O bairro onde o jovem morava é dominado por um grupo e o local onde ele foi visto pela última vez, por outro, segundo a família dele.

Também conforme os parentes, duas tias de Francisco Ytalo foram à Coordenadoria de Medicina Legal (Comel), da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) fazer o reconhecimento do corpo, que estava "com o rosto muito deformado".

O jovem, de acordo com uma das primas, morava com a mãe, que é costureira, e ajudava com as despesas mensais da casa.

Em nota, Secretaria da Segurança Pública informou que a 12ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) investiga o caso.