Informações do G1 CE
Após prisão de Valeska Pereira Monteiro, conhecida como “Majestade”, a Polícia Civil do Ceará realizou, nas primeiras horas da manhã desta sexta-feira (19), uma operação de combate a uma organização criminosa atuante no Ceará. São cumpridos mais de 800 mandados judiciais de prisão e busca e apreensão.
Até o momento foram cumpridos 358 mandados de prisão e outras 455 de apreensão. De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, Sérgio Pereira, as investigações iniciaram através da prisão de um alvo de uma liderança de outro estado.
"A investigação foi iniciada através da captura de um alvo de uma liderança de outro estado a investigação evoluiu e a Draco identificou quem eram as pessoas que exerciam comando dentro desta organização. Nós temos alvos em todo o estado Fortaleza, Região Metropolitana, Interior Norte e Interior Sul e em Pernambuco. Também foram localizados lá", afirmou.
A ação batizada por "Anullare" é realizada em Fortaleza e outras 50 cidades do Ceará, além de Pernambuco. Segundo a Polícia Civil do Ceará, a operação é a maior da história da instituição em combate a um único grupo criminoso.
Prisão durante as férias
A captura da jovem ocorreu em 26 de agosto, durante o cumprimento de um mandado de prisão contra ela. A jovem foi depois levada a Fortaleza (assista, à chegada de Majestade a Fortaleza).
Majestade tem antecedentes criminais por roubo, associação criminosa, crime contra a fé pública e tráfico de drogas. Também é suspeita de fazer o controle financeiro e da distribuição de áreas do tráfico de drogas em Fortaleza e na Região Metropolitana.
Conforme as investigações da Polícia Civil, enquanto os membros e grupos criminosos disputavam territórios, o que resultava em homicídios, a mulher aproveitava as férias no sul do país.
O delegado-geral-adjunto da Polícia Civil do Ceará, Márcio Rodrigo Gutiérrez disse que Majestade era monitorada desde o final de 2020.
Majestade era considerada foragida desde abril, quando rompeu a tornozeleira eletrônica. Segundo ele, mesmo fora do Ceará Majestade mulher continuava comandando tráfico.
"Identificamos que ela continuava com o seu poder de organização, de deliberação e de decisão. E uma dessas decisões é exatamente essa de distribuição dos territórios para que integrantes do grupo pudessem estabelecer seus comércios de drogas", diz Gutierrez.
Em 2014, Majestade já havia sido presa por liderar uma quadrilha que roubava casas e estabelecimentos comerciais em Fortaleza.