Passados 12 dias do mês de agosto, o governo do estado do Ceará, através da sua Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), ainda não divulgou os índices dos assassinatos ocorridos no Ceará em julho. O atraso na divulgação das estatísticas dos Crimes Violentos, Letais e Intencionais (CVLIs) deve-se a uma elevação dos assassinatos na Grande Fortaleza em comparação ao mês anterior. Informações do Cn7.
Na Grande Fortaleza, 123 pessoas foram mortas no mês de julho, enquanto em junho esse número ficou em 94, incluindo Fortaleza e os demais Municípios que compõem a faixa metropolitana, num aumento, entre um mês e outro, na faixa de 30,8 por cento.
Essa recente elevação no número de assassinatos em apenas 60 dias, vai de encontro à constante queda que vinha sendo apresentada pelas autoridades sempre comparando o mês em 2019 ao de 2018. Diante disso, novas medidas estão sendo tomadas pela SSPDS em relação ao policiamento na Grande Fortaleza, com o anúncio de mais um programa de combate à violência: O Nova Estratégia da Segurança Pública (NESP).
Esse anúncio vem acompanhado de uma campanha midiática com foco, principalmente, na TV, onde são apresentados equipamentos já instalados desde o ano passado, como a ampliação dos batalhões do Raio, o sistema Spia (de câmeras nas ruas), e os helicópteros comprados pelo estado na Europa, no ano passado. O NESP seria um desdobramento do “Ceará Pacífico”, diz a campanha publicitária que está sendo veiculada na tevê.
Assassinatos
O aumento da violência na Região Metropolitana de Fortaleza tem como causa a migração de criminosos da Capital para cidades como Caucaia, onde explodiram os índices de assassinatos. Bairros como Itambé I, Itambé II, Padre Júlio Maria, Metropolitano (Picuí), São Miguel e o Distrito de Jurema hoje são dominados por facções criminosas armadas. Até a distante localidade de Taquara vem sendo afetada pela violência e seus moradores sendo expulsos de suas residências pelos criminosos.
Somente no mês passado, 22 pessoas foram mortas em Caucaia. No ano, já são mais de uma centena de mortos, a maioria jovens executados por ordem das facções Comando Vermelho (CV) e Guardiões do Estado (GDE).
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