No estado, são produzidas todos os meses cerca de 5 milhões de peças. Além do próprio mercado local, os principais compradores da roupa produzida na região são os estados do Sudeste, como São Paulo.
De acordo com o presidente do Sindiroupas, Lélio Matias, a produção local sai na frente porque, além do diferencial dos itens, o custo do jeans é mais baixo.
“Várias industrias locais produzem para São Paulo. O setor criativo é muito dinâmico nesse aspecto e isso realmente faz com que o produto se destaque. Temos uma relação de custo muito acessível porque nossa mão de obra é relativamente barata em relação a outros centros. Nós conhecemos casos onde a empresa manda produzir no Ceará e volta para comercializar lá”.
A peça, de fato, está na preferência de muita gente. No guardar-roupas da jornalista Elisângela Lopes, jeans é o que não falta. “Por mim eu usaria 24 horas, porque eu acho ele super eclético, dá para usar em todas as ocasiões e combinar com várias peças”.
Mas, além da peça combinar com todas as ocasiões, as empresas produtoras estão de olho na produção cada vez mais sustentável. É o caso de uma marca genuinamente cearense que produz cerca de um milhão de peças para o marcado nacional.
Segundo o CEO da empresa, Lúcio Albuquerque, foram substituídos equipamentos nas estações de tratamento baseadas nas indústrias de Fortaleza e Horizonte, o que garantiu a diminuição em 25% o consumo e reutilização da água.
“Nós temos uma reserva nossa em Guaramiranga que traz alguns benefícios em relação aos efeitos da Handara no meio ambiente, principalmente no que diz a emissão de CO², então hoje nós já conseguimos neutralizar toda nossa ação a nível de meio ambiente”.
A marca está em expansão e deve ainda esse ano montar uma fábrica de peças em Santa Catarina. Atualmente, o estado possui 2 mil empresas produtoras de jeans no mercado formal. Esse número pode ser até três maior se consideradas as empresas que atuam na informalidade, de acordo com o Sindiroupas.
Fonte tribunadoceara
Itens relacionados:
Ceará