O Ceará teve a primeira madrugada sem ataques desde o início da onda de terror. Os últimos atentados registrados oficialmente aconteceram neste domingo (13), na 12ª noite de ações criminosas. Os alvos de facções foram equipamentos públicos. Segundo contabilização do Sistema Jangadeiro, 216 ataques ocorreram desde o dia 2 de janeiro, em 49 municípios.
Até o momento, 358 pessoas foram presas por serem suspeitos de participar dos atentados. Até a manhã desta segunda-feira (14), não houve registro de ataques no Ceará. Entretanto, o fim de semana foi violento.
No município de Saboeiro, a 448 km da capital, um ônibus escolar foi incendiado na noite de domingo. Além disso, um explosivo foi detonado numa ponte do bairro Bonsucesso, em Fortaleza.
Houve também uma tentativa de ataque semelhante na Linha Leste do metrô de Fortaleza. Uma granada de uso militar foi arremessado próximo à estação São Miguel, no bairro Genibaú. Outro artefato explosivo foi encontrado no quintal de uma residência no município de Itapajé, a 118 km de Fortaleza.
“O fato aconteceu por volta de 12h30 deste domingo (13), quando o proprietário da residência encontrou o equipamento”, informa nota da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS).
Fortaleza concentra quase a metade dos crimes, com 100 atentados ao todos, ocorridos em todas as suas Regionais.
Como medida para reforçar a segurança conter a onda de crimes na capital e no interior do Estado, o governador Camilo Santana solicitou apoio à União, que enviou cerca de 500 homens da Força Nacional para o Ceará. Além disso, policiais militares especializados em patrulhamento e em explosivos para atuarem no interior do Estado.
Além do reforço de policiamento, a Assembleia Legislativa do Ceará aprovou oito projetos de lei e um projeto de lei complementar, enviados por Camilo Santana (PT). Uma das medidas está a convocação de policiais e bombeiros militares aposentados para atuarem dentro dos coletivos de Fortaleza.
Houve também a aprovação do aumento da quantidade de horas extras de 48h a 84h por mês, a criação do fundo da SSPDS e a Lei de Recompensa, que prevê o pagamento em dinheiro pelo Estado para informações prestadas pela população à polícia.
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