O governo de Jair Bolsonaro terá 22 ministérios, sete a mais do que os 15 prometidos durante a campanha eleitoral. Falta anunciar quem vai comandar as pastas do Meio Ambiente e de Direitos Humanos. Com a definição da estrutura do governo, o desafio agora é conseguir apoio dos partidos e das bancadas para as votações no Congresso em 2019.
Nesta segunda-feira, o futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, apresentou uma projeção da estrutura que será adotada na Esplanada no ano que vem. Dos atuais 29 ministérios, sete deixaram de existir: Segurança Pública, Desenvolvimento Social, Trabalho, Cultura, MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Planejamento, Esporte, Integração Nacional e Cidades. Essas pastas foram fundidas com outras, caso de Justiça e Segurança Pública, e outras rebatizadas, como Transporte, que ganhou o nome de Infraestrutura.
Foram criados ainda dois ministérios, como Cidadania (que unificou Desenvolvimento Social, Esporte, Cultura e parte do Trabalho) e Desenvolvimento Regional (Integração Nacional e Cidades). Até o momento foram apresentados os nomes de 20 auxiliares do primeiro escalão, e os dois restantes devem ser definidos nesta semana. Bolsonaro ainda não nomeou os futuros chefes de Meio Ambiente e de Direitos Humanos. Para o primeiro, estão entre os cotados Xico Graziano e Ricardo Salles, já o Ministério de Direitos Humanos pode ser comandado por Damares Alves, advogada que atualmente é assessora do senador Magno Malta (PR-ES).
Com a apresentação do desenho final da estrutura da Esplanada no próximo governo, Onyx confirmou que o Trabalho perderá o status de ministério, e será dividido em três pastas: Cidadania (Osmar Terra), Economia (Paulo Guedes) e Justiça e Segurança Pública (Sergio Moro).
A Secom (Secretaria de Comunicação Social), à qual Bolsonaro cogitou devolver o status de ministério, será dividida em duas estruturas. Uma primeira, que cuidará da comunicação institucional do governo, será subordinada à Secretaria-Geral, Ministério que será assumido por Gustavo Bebianno.
Congresso
O PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), que hoje é subordinado à Secretaria-Geral, vai passar à gestão do general Carlos Alberto dos Santos Cruz, que chefiará a Secretaria de Governo.
A relação com o Legislativo será dividida entre a Casa Civil e a Secretaria de Governo. Santos Cruz cuidará de temas federativos, como relação estados e municípios. Na Casa Civil ficarão abrigadas duas secretarias, uma que fará a interlocução com a Câmara e outra, com o Senado. O futuro ministro da Casa Civil disse que o futuro governo já tem o apoio de 350 deputados e de cerca de 40 senadores. Fonte DN