O prédio da Rádio Monte Mor FM, em Pacajus, Região Metropolitana de Fortaleza, foi atacado com vários disparos no fim de semana. O crime foi descoberto no domingo (23), quando uma funcionária foi ao local para abrir o estúdio. O radialista José Wilson Chaves, proprietário da emissora, afirma que o crime tem motivação política. ➤ + Policial suspeito de matar pedreiro a tiros é linchado em Caucaia
"Quando a nossa secretaria foi abrir o estúdio encontrou dois guardas municipais. Ela chamou o diretor Amaral Neto, que viu o tiro no prédio", relatou o apresentador. "Uma intimidação política", explicou. Conforme o apresentador, no sábado (22), durante uma edição do programa que comanda, o nome de um político local foi citado.
Ainda segundo Wilson, durante a madrugada foram escutados vários disparos. Mas como são comuns na região, decidiu não sair para ver o que tinha acontecido. O Cidade 190 foi ao local e conversou com moradores, que negaram ter escutado tiros, apenas escutaram comentários sobre o crime no domingo.
O radialista fez um Boletim de Ocorrência em Horizonte, delegacia plantonista. As cápsulas deflagradas e fotografias do prédio após o atentado, deverão ser anexadas ao inquérito que será aberto.
Em 2012, o programa do radialista foi tirado do ar após denúncias de crime eleitoral. Na época, o filho de José Wilson era candidato a prefeito de Pacajus. No programa, segundo as denúncias, o comunicador estava fazendo acusações aos opositores para promover a candidatura do familiar.
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Na sexta-feira (21), cinco pessoas invadiram uma casa em Pacajus, fizeram seis reféns e mataram uma jovem de 18 anos. O objetivo do grupo era matar integrantes de uma facção criminosa rival. A vítima foi escolhida a partir de uma chamada de vídeo feita pelos invasores a detentos do sistema prisional cearense.