Os efeitos da seca no Ceará ameaçam até mesmo o abastecimento para consumo da população. Entre os reservatórios cearenses monitorados pela Companhia de Gestão de Recursos Hídricos do Estado, 94 açudes estão com volume abaixo dos 30%. d’água.
Neste ano os açudes só receberam das chuvas que caíram no Estado 2,3 milhões de metros cúbidos de água. De todos os açudes 14 já estão secos, são eles: Faé, Monte Belo, Jenipapeiro, Madeiro, Sousa, Broco, Serafim Dias, São José II, Potiretama, Carão, Adauto Bezerra, Nova Floresta, Salão e Favelas.
De todos os açudes, 25 estão em volume morto - uma reserva de água que fica abaixo dos canos de captação, e 94 estão com volume abaixo de 30%. Apenas o açude Germinal, de Palmácia, e o açude Jenipapo, localizado no município de Meruoca, estão com seus volumes acima de 90%.
O Castanhão, localizado em Alto Santo, o maior reservatório do Ceará, está atualmente com 6,02% do volume total. As águas do Castanhão desemborcam no sistema Gavião, Pacoti e Riachão, açudes da bacia hidrográfica Metropolitana, responsáveis pelo abastecimento da capital.
Dos três, o açude Gavião, localizado em Pacatuba e Itaitinga, é o que está em melhores condições, com 83,3% do volume total. Os açudes Pacoti e Riachão, localizados em Horizonte e Itaitinga, fazem parte dos 94 reservatórios que estão com volumes abaixo dos 30% (24,64% e 29,02% respectivamente).