Extraído do site . DataPoder360
Pesquisa do DataPoder360 com 3.000 entrevistas nos dias 25 e 26 de setembro de 2018 no Estado de São Paulo indica que o candidato do PSL a presidente o “mito” chamado assim por seus admiradores, atingiu 29% –sua maior marca entre eleitores paulistas.
No DataPoder360 de 9 a 11 de setembro, O “mito” Jair Messias Bolsonaro, de 62 anos, tinha 24% em São Paulo. Subiu 5 pontos em 15 dias. A margem de erro das duas pesquisas é de 2 pontos percentuais.
Como se tratou de levantamento com grande amostragem, foi possível estratificar os dados entre capital e interior. Bolsonaro manteve no período entre uma pesquisa e outra o percentual de 23% entre os eleitores da cidade de São Paulo. Mas pulou de 25% para 31% no interior –onde se concentra o voto paulista mais conservador.
Fernando Haddad (PT) tem 19% de intenção de voto no Estado de São Paulo. Diferentemente de Bolsonaro, suas taxas são mais equânimes entre capital e interior –20% e 18%, respectivamente.
A pesquisa no Estado de São Paulo é relevante porque o colégio eleitoral paulista é o maior do Brasil, com 22,4% dos brasileiros aptos a votar em 7 de outubro. Vencer com larga vantagem nessa unidade da Federação significa pavimentar o caminho para ter uma das vagas no 2º turno.
O resultado do DataPoder360 ganha importância nesta fase da campanha porque o eleitorado paulista pode ser determinante para a ampliação —ou não— da liderança do voto em Bolsonaro no Sudeste. O time bolsonarista continua a falar diariamente em vencer a disputa no 1º turno de 7 de outubro.
Neste momento, há 2 sinais muito claros: 1) a disputa em São Paulo está polarizada entre Bolsonaro e Haddad; 2) o teoricamente concorrente local mais forte, Geraldo Alckmin (PSDB), está com desempenho negativo –escorregou de 15% para 13% entre paulistas no DataPoder360.
No início do atual ciclo eleitoral, o tucano Alckmin esperava chegar nesta fase na redondeza de 35% a 40% dos votos paulistas. Nunca esteve nem perto disso.
Para onde têm ido os votos de Alckmin? Fica fácil entender quando o DataPoder360 cruza os votos para governador com os para presidente no Estado. Há 15 dias, 29% dos paulistas que votavam em João Doria (PSDB) declaravam também apoio a Bolsonaro. Hoje, o percentual subiu para 45%.
Exceto se conseguir 1 feito absolutamente inesperado, Alckmin está praticamente fora da disputa por causa de seu desempenho péssimo entre paulistas. O outro lado dessa moeda é Bolsonaro ganhar tração e ser o principal herdeiro do voto tucano.
Já o petista Haddad teria de crescer sobre o voto de Ciro Gomes (PDT), uma vez que Marina Silva (Rede) esfarelou entre os paulistas –ela tem apenas 3%. Seu espólio já foi devidamente pulverizado entre os adversários.
Ciro Gomes mantém sólidos 9% no Estado de São Paulo. O problema é que mantém esse percentual muito por causa do apoio que recebe na capital (14%), justamente onde disputa o mesmo voto de esquerda com Haddad.
No interior, Ciro tem apenas 7% e parece ensaiar uma trajetória descendente –nesse grupo demográfico (os paulistas do interior), o grande sugador de votos é Bolsonaro.
VOTO BOLSODORIA
A eleição de 2018 é casada: para presidente e governador. Bolsonaro tem 45% dos votos dos eleitores de João Doria (PSDB). É o chamado voto “Bolsodoria”, que drena apoios do tucano Alckmin.
O militar também recebe 30% dos votos de quem escolhe Márcio França (PSB) e 18% dos apoiadores de Paulo Skaf (MDB).
Haddad fica com 45% dos votos de Luiz Marinho (PT), 22% dos apoios de França, 20% de Skaf e só 11% dos eleitores de Doria.
Uma curiosidade: 11% dos votos petistas em Luiz Marinho para governador de São Paulo vão para Bolsonaro. Eis os dados:
CERTEZA DO VOTO
Subiu de 68% para 74% a certeza do voto entre eleitores paulistas.
Na cidade de São Paulo é de 77% o percentual dos que dizem que votarão com certeza no candidato escolhido. No interior, 73%.
Entre os candidatos mais competitivos, Bolsonaro é o que tem o voto mais cristalizado. Entre paulistas, 84% dos eleitores do militar declaram que não mudam mais de opinião. O percentual é de 76% para Haddad.
No caso de Geraldo Alckmin, 80% dos seus eleitores paulistas afirmam que vão se manter fieis –o que é 1 certo alento para o tucano, que luta para ficar perto dos 10% no Estado de São Paulo.
SEXO, IDADE, ESCOLARIDADE E RENDA
Na divisão do voto por gênero, Bolsonaro apresenta em São Paulo a mesma assimetria vista no restante do país. Tem 36% entre homens e 23% entre mulheres.
Cabe notar, entretanto, que os 23% entre mulheres é maior do que o percentual que qualquer 1 de seus adversários obtém no voto feminino paulista.
Haddad tem 18% entre homens e 19% entre mulheres.
Quando se observa o voto por faixa etária, Ciro Gomes é imbatível entre os jovens de 16 a 24 anos: tem 27%. Loquaz e de raciocínio claro, o candidato do PDT conseguiu, por meio de redes sociais, arregimentar apoio robusto de estudantes em universidades paulistas.
Bolsonaro vai bem entre eleitores de 25 a 44 anos (42%).
Haddad tem 22% na faixa de 45 a 59 anos e 20% entre os de 25 a 44 anos. O petista tem apenas 9% entre paulistas mais jovens –uma parcela do eleitorado na qual o PT sempre foi bem-sucedido.
Na divisão por nível de escolaridade, Bolsonaro tem seus melhores desempenhos entre eleitores com nível superior (36%) e médio (32%).
Haddad ocupa a outra ponta: tem 23% no grupo de eleitores que não frequentou a escola. E 25% na faixa dos paulistas que declaram ter até o ensino fundamental.
Os mais ricos do Estado de São Paulo preferem Bolsonaro. Ele tem 53% no segmento de eleitores com renda familiar de 10 ou mais salários mínimos. O apoio ao militar vai caindo conforme se reduz a faixa de salários dos paulistas.
De novo, Haddad ocupa a outra ponta nessa divisão demográfica. O petista tem seu melhor desempenho (24%) com os mais pobres.
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