Cachoeira de Missão Velha apresenta forte volume de água

As chuvas formaram um grande volume de água na Cachoeira de Missão Velha


Missão Velha. Apesar de ter chovido pouco, apenas 2,2 milímetros, entre 7h de quarta-feira e às 7h desta quinta-feira (22), neste Município do Cariri cearense, as chuvas da última semana tem formado um grande volume de água na Cachoeira de Missão Velha. A maior precipitação na terra de São José aconteceu na última segunda-feira (19), com 47 milímetros.

No entanto, as chuvas na cidade vizinha de Juazeiro do Norte, também, tem contribuído para o volume de queda d’água. Por outro lado, a água do Rio Salgado tem sido barrenta, formando uma forte correnteza, algo comum nos dias de grandes precipitações.

O banho na Cachoeira, nessa época do ano, é muito perigoso. No último dia 11 de fevereiro, um adolescente de 15 anos morreu afogado, às 16h, após escorregar de uma pedra. Seu corpo foi levado pela correnteza e localizado no fim da tarde pelo Corpo de Bombeiros. Na época, o volume de água era bem menor que o atual.
Cachoeira de Missão Velha

O Rio Salgado tem 308 km de extensão, sendo um dos afluentes do Rio Jaguaribe, que desagua no Açude Castanhão, que abastece a Região Metropolitana de Fortaleza. O rio que banha o Cariri nasce na Chapada do Araripe, em Crato, e deságua em Icó, na região Centro-Sul.

A cachoeira


Localizado no Sítio Cachoeira, a 3km da sede do Município de Missão Velha, o lugar é um dos geossítios que compõe o Geopark Araripe. Suas quedas d’água tem, aproximadamente, 12 metros de altura, formadas pelo Rio Salgado. Ele está inserido no Parque Natural Municipal da Cachoeira de Missão Velha/Bioparque e é tombado como Monumento Natural Cachoeira do Rio Salgado.

A história da Cachoeira de Missão Velha é relacionada a escassez no Sertão, pois lá era um dos poucos lugares que poderia encontrar água durante todo ano. O local também é motivo de várias lendas e histórias de encantamentos. Lá, existem vestígios de populações indígenas que remontam os tempos pré-históricos. A queda d’água deve ter servido de cerimônias e é citado como ponto de encontro dos cangaceiros no início do século XX.