-->

Dois são presos em operação contra fraude na Secretaria de Saúde do CE

A 'Operação Medicar' foi deflagrada pelo Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) e pela Polícia Civil, na manhã desta quinta-feira (19), para apurar fraudes na compra de medicamentos e materiais médico-hospitalares pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (Sesa).

A investigação realizada em conjunto pelo Grupo de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), pelo Núcleo de Investigação Criminal (Nuinc), do MPCE, e pela Delegacia de Crimes Contra a Administração e Finanças Públicas (DCCAFP), da Polícia Civil, identificou irregularidades e crimes praticados entre 2015 e 2017.

De acordo com o MPCE, as aquisições dos produtos pela Sesa tiveram superfaturamento de preços, recebimento de materiais sem registro nos órgãos de vigilância sanitária, troca de materiais e pagamento de fornecedores antes da entrega da mercadoria. As empresas fornecedoras vendiam as mercadorias por valores abaixo do mercado e com qualidade inferior à contratada.

Servidora da Sesa e empresário são presos

A servidora da Sesa Walécia Diana Gadelha Maia e o empresário Francisco Reginaldo Alencar Costa foram presos temporariamente nesta quinta (19), durante as diligências da 'Operação Medicar'.

Segundo o Ministério Público, também foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão nas residências dos investigados, na empresa Regifarma e em setores da Sesa como o Centro de Distribuição de Medicamentos e o Núcleo de Aquisição de Insumos.
Loading...
Conforme a investigação, as práticas criminosas contaram com a anuência de servidores da Secretaria da Saúde, "os quais geriam esses contratos como se fossem verdadeiras 'cartas de crédito', por meio das quais demandavam outros produtos aos fornecedores e lançavam informações falsas nos sistemas de controle da Administração Pública", segundo o MPCE.

Algumas diligências ainda estão sendo realizadas pelo MPCE e Polícia Civil, com ajuda da Polícia Federal (PF), visando a prisão de outros investigados. Os investigados podem responder pelos crimes de organização criminosa, inserção de dados falsos em sistema de informação, falsidade ideológica, fraude à licitação, entre outros que forem identificados.

O MPCE estima que as empresas investigadas receberam do Estado, entre 2015 e 2017, a quantia aproximada de R$ 48 milhões. A investigação aponta para a aquisição de material e medicamentos por diversas Prefeituras Municipais em condições semelhantes, o que será aprofundado nas próximas fases da Operação.

A reportagem entrou em contato com a Sesa e com a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS), mas não obteve respostas até o momento.
ceará

Luciano Almeida

Olá, sou o Luciano Almeida e é um prazer me apresentar a vocês. Tenho 41 anos e sempre vivi em Quixeré, uma cidade que conheço como a palma da minha mão. Sou um rapaz negro de pele clara, apaixonado por desenho, leitura e fotografia! Foi essa paixão que me inspirou a criar este blog. Aqui, meu objetivo é trazer informações relevantes para o Vale do Jaguaribe, uma região situada no centro-leste do Ceará, e também compartilhar um pouco do dia a dia dos jaguaribanos. Vou abordar temas como educação, saúde, cultura e, especialmente, a importância de sermos reconhecidos como cidadãos, com nossas próprias opiniões e vontades. Quero explorar nossa identidade neste mundo e como nos conectamos a ela. Além disso, pretendo destacar lugares interessantes nas cidades da região. Todos os dias, aqui no Jornal Vale em Destaque, você encontrará novidades fresquinhas para ficar bem informado.

Postagem Anterior Próxima Postagem

Formulário de contato