O pedido de prisão dos delatores Joesley Batista e Ricardo Saud, da JBS, foi acatado pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). As prisões, segundo apuração da Folha de S.Paulo, são temporárias, e ainda não há previsão sobre quando serão efetuadas pela Polícia Federal.
Os pedidos foram feitos pelo procurador-geral Rodrigo Janot na sexta (8). Fachin teria negado estender a medida ao ex-procurador Marcelo Miller.
Na última segunda-feira (4), Janot anunciou a abertura de investigação para apurar possíveis irregularidades nas negociações da colaboração firmada com o Ministério Público.
A investigação tem como foco a gravação de 17 de março, em que Joesley e Saud indicam possível atuação de Miller no acordo de delação quando ainda era procurador. O áudio foi entregue pelos delatores em 31 de agosto.
Para a equipe de Janot, houve descumprimento de dois pontos de uma cláusula do acordo de delação que tratam de omissão de má-fé, o que justificaria rever os benefícios.
Os advogados de Joesley, Saud e Miller colocaram os passaportes dos clientes à disposição do STF e pediram para eles serem ouvidos pelo ministro Fachin.
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