A Polícia Federal, com o Ministério Público Federal e procuradores da França, deflagrou, nesta terça-feira (5/9), mais uma fase da Operação Lava Jato. O objetivo desta vez é prender suspeitos de fraudar a votação que resultou na escolha do Rio de Janeiro como sede dos Jogos Olímpicos. Um dos alvos é Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e do Comitê Rio 2016. Ele será levado a depor. A ação foi batizada de Operação Unfair Play (Jogo Sujo).
Segundo as investigações, Nuzman participou de forma direta da compra de votos dos integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ele teria recebido propina de US$ 1,5 milhão.
O juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Criminal do Rio, expediu dois mandados de prisão para Arthur Cesar de Menezes, ex-dono da Facility, e contra Eliane Pereira Cavalcante, ex-sócia da empresa. Setenta policiais federais também cumprem 11 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em Paris, na França.
As investigações, iniciadas há nove meses, apontam que os pagamentos teriam sido efetuados tanto diretamente com a entrega de dinheiro em espécie como por meio da celebração de contratos de prestação de serviços fictícios e também por meio do pagamento de despesas pessoais. Além disso, teriam sido realizadas transferências bancárias no exterior para contas de doleiros.
Os fatos apurados pela PF indicam a possibilidade de participação do dono das empresas terceirizadas nesse suposto esquema de corrupção internacional para a compra de votos para a escolha da capital fluminense pelo Comitê Olímpico Internacional como sede das Olimpíadas 2016, o que resultou no pedido de cooperação internacional com a França e os Estados Unidos.
Os presos serão indiciados por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
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