A atriz fluminense Rogéria morreu no Rio de Janeiro, aos 74 anos, nesta segunda-feira (4/9), momentos depois de ser internada novamente por conta de uma infecção urinária. Segundo informações preliminares, a artista teve uma infecção generalizada. O empresário dela confirmou a morte.
Rogéria foi internada pela primeira vez em julho com fortes dores nas costas. Após exames, os médicos revelaram uma infecção urinária. Na ocasião, ela chegou a respirar por aparelhos quando o quadro clínico se agravou para uma infecção generalizada. Logo depois, no entanto, ela conseguiu se recuperar e deixou o hospital. Ainda não há informações sobre o velório e o enterro.
Nascida no município de Cantagalo, no Rio, Rogéria (batizada com o nome Astolfo Barroso Pinto) descobriu logo na infância e adolescência que gostava de se vestir como mulher. Apesar de ter assumido sua sexualidade desde cedo, ela jamais quis se submeter a uma cirurgia de mudança de sexo.
De maquiadora a estrela em Paris
Antes da intensa vida cultural, Rogéria, ainda Astolfo, trabalhou como maquiadora de grandes estrelas na extinta TV Rio, como Fernanda Montenegro e Irene Ravache. A convivência com atrizes profissionais e artistas de rádio instigou a jovem a perseguir carreira no teatro, na televisão e no cinema.
Foi nesse período, nos corredores da TV Rio, que Astolfo passou a ser chamado de Rogério. O nome evoluiu para Rogéria por aclamação do público após vitória num concurso de fantasia.
Rogéria estreou como artista em 1964, ano de início da ditadura militar no Brasil, no espetáculo de vanguarda “Les Girls” (de João Roberto Kelly), o primeiro no país a escalar transexuais.
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